Uma partida importante em São Paulo movimenta, em média, cerca de 3.500 policiais dentro, fora e no acesso ao estádio. Neste final de semana, o time do São Paulo recebe o Santos no Morumbi, com ingressos reduzidos para o time visitante. Os torcedores santistas terão o direito a uma cota. Junto ao grande contingente de policiais, essa é uma das tentativas de evitar possíveis conflitos.
“Para policiamento em clássico, vamos com a força máxima que o batalhão consegue reunir num jogo de risco, considerando as duas torcidas. Serão 170 homens somente na parte interna”, explicou o tenente-coronel Almir Ribeiro, comandante do 2º Batalhão da Polícia de Choque de São Paulo e responsável pelos eventos esportivos na capital paulista.
A segurança dos jogos é rotina, mas é discutida e aperfeiçoada sempre às vésperas de cada jogo realizado e conta com a participação de dirigentes de clubes, torcidas organizadas, diretores da Federação Paulista de Futebol e representantes de empresas de transporte, Procon, subprefeituras e Ministério Público.
Na reunião, por exemplo, que decidiu os detalhes finais sobre o policiamento no clássico São Paulo e Santos, a polícia questionou os torcedores do sãopaulinos sobre a ideia do grupo para uma manifestação de protesto, no dia do jogo, pela má fase que o clube atravessa no Campeonato Brasileiro. Tudo foi decidido conjuntamente. Segundo o tenente-coronel, essas reuniões são importantes para tentar se evitar “furos”.
Para Ribeiro, uma lei de torcida única por jogo é uma “medida drástica” e indicaria uma falência do poder público no controle da violência. Mas ele defende a ideia da torcida visitante com cota reduzida no estádio.
“Vamos deixar essa medida (torcida única) como última e extrema. Vamos partir por medidas intermediárias que visam a educação, o aumento da nossa prevenção – esse trabalho (da polícia) que vem sendo aperfeiçoado”, afirmou o oficial, acrescentando: “A redução do número de torcedores visitantes está sendo posto em prática e é uma medida prévia. Trouxe bons resultados e facilita o trabalho da polícia”, afirmou.
