Policiais apreenderam dezenas de computadores, onde estão gravados milhões de conversas, fotos e vídeos de pornografia infantil.
A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (15), em vários estados 51 suspeitos de integrar uma rede internacional de pedofilia.
Os policiais apreenderam dezenas de computadores, onde estão gravados milhões de conversas, fotos e vídeos de pornografia infantil. As investigações aconteceram no Brasil e em outros sete países. Entre os presos estão policiais, militares e até um seminarista.
“Vão responder pelo crime de divulgação de pornografia infantil na internet. Alguns também responderão pelos abusos e até mesmo por estupro”, afirma o superintendente da Polícia Federal do Rio Grande do Sul, Sandro Caron.
Os investigadores rastrearam a pornografia infantil na chamada ‘deep web’, que em inglês quer dizer ‘internet profunda’. São endereços que não identificam o usuário e nem o lugar de onde ele está acessando. Uma rede tão secreta que não aparece em nenhum programa de buscas.
“Não é ilícito acessar a deep web, não há crime algum. Há pessoas que usam esse mecanismo para cometer crimes e pensam estar protegidos. Mas na verdade não estão tão protegidos assim”, explica o delegado da Polícia Federal Rafael França.
Os policiais de Porto Alegre desenvolveram um método capaz de identificar, rastrear as pessoas que usam essa espécie de submundo da internet. Em um ano de investigação foram identificadas mais de 90 pessoas no Brasil que compartilhavam imagens e vídeos de sexo com crianças.
Até agora, apenas o FBI, dos Estados Unidos, e a Scotland Yard, inglesa, tinham feito esse tipo de trabalho. Durante a operação, a Polícia Federal conseguiu impedir que seis crianças fossem abusadas em três estados brasileiros. Os criminosos, todos homens, foram presos em flagrante.
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