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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Menino baleado no RJ esperou 20 horas por transferência, diz pai

O pai da criança de 2 anos que foi baleada durante um confronto entre criminosos e um policial da UPP do Morro do Turano contou que somente 20 horas após dar entrada no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, conseguiu a transferência do filho para uma unidade com UTI pediátrica, como mostrou o Bom Dia Rio.


“Ficamos revoltados vendo a criança sofrendo lá e nada, nada. Só chegava os outros olhava, uns mexia dali, outros mexia daqui e nada”, criticou o pai Thiago de Lima. Depois de um longo período de espera, o menino Diogo foi transferido para o Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo. Segundo o último boletim médico divulgado pela direção do hospital, o estado de saúde da criança é grave, mas estável. Uma nova avaliação realizada na manhã desta segunda-feira (1°) deve definir se a criança precisará ou não ser sumbetida à cirurgia.

O menino Diogo estava brincando na calçada, no Morro das Pedras, em Vilar dos Teles, São João de Meriti, quando, por volta das 21h de sábado (29), quatro homens armados, em duas motos, trocaram tiros com o PM Diego Santos de Oliveira, lotado na UPP do Morro do Turano, que reagiu a uma tentativa de assalto. Diego e seu irmão Diogo foram atingidos e morreram no local. Segundo informações do 21º BPM, os homens armados tentaram levar a motocicleta de Diogo na Estrada Santiago, próximo ao Morro das Pedras.

O pai do menino Diogo estava na rua na hora que o filho foi baleado e conta que viu dois homens numa moto perseguindo outra moto e que um deles desceu e saiu atirando. “Saiu dando tiro. Mandando todo mundo sair, sair, sair. Aí, quando a gente fomos ver meu filho lá que sofreu o resultado dele”, afirmou Thiago.

Reunião das polícias Civil e Militar
No domingo (30), o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, convocou reunião das polícias Civil e Militar para esta segunda-feira (1º) para articular ações de segurança contra os assassinatos de policiais no Rio.

"Amanhã [segunda] mesmo nós vamos ter uma  reunião com a PM e com a Civil onde pretendemos articular algumas ações. Gostaria nesse momento de dizer que precisamos de ações institucionais articuladas. Precisamos do Legislativo, do Judiciário, do sistema prisional, nós precisamos de trabalho forte em fronteira. Nós precisamos de segurança primária. Nós precisamos de ações fortes com relação a menores", completou.

O secretário deu a declaração após participar de um evento no Maracanãzinho, Zona Norte do Rio, neste domingo, e disse que os indícios apontam para tentativas de assaltos
"O que a gente tem a princípio foram tentativas de assalto, mas isso não interessa para nós. São policiais, são servidores do Estado. Nós vamos atrás dos autores desses episódios", disse.

Também neste domingo o relações públicas da Polícia Militar, coronel Claúdio Costa, disse em entrevista para a Globonews que não há relação entre as mortes dos policiais. Ele descartou a possibilidade de facções criminosas terem ordenado esses ataques.

Pezão defende penas mais severas 

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, defendeu na quarta-feira (26) a punição mais severa para criminosos que matarem policiais, e fez críticas ao órgãos de defesa dos Direitos Humanos.
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