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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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'Saudade só aumenta', diz mãe de menina violentada e morta há um ano

Um ano após a menina Iasmin Martins de Souza, de 8 anos, ser violentada e morta a pauladas em Catalão, no sul goiano, a família ainda tem esperança de que o autor do crime seja identificado e preso. Mãe da garota, Leidiane Martins Pereira, afirma que a prisão do criminoso pode ajudar a amenizar a saudade que sente da filha. “Sinto muita falta, a cada dia que passa sinto mais falta dela, a saudade só aumenta”, disse a dona de casa em entrevista ao G1.


O corpo de Iasmin foi encontrado no dia 9 de dezembro do ano passado no cômodo de uma obra. O exame de corpo de delito comprovou que ela foi abusada sexualmente e morta a pauladas. Um pedreiro de 37 anos foi preso dois dias depois do crime. Apesar de negar que tivesse assassinado Iasmin, testemunhas disseram que viram a menina sendo levada por ele horas antes de ser morta. Um exame de DNA, contudo,comprovou que o pedreiro não teve participação no assassinato.

Desde então, a polícia não apresentou novos suspeitos do crime. A delegada responsável pelo caso, Alessandra Maria de Castro, explicou que, além do pedreiro, mais três homens passaram pelo teste de DNA no último ano. Todos deram negativo.

De acordo com a polícia, há um mês o material genético de outro suspeito foi remetido ao Instituto de Criminalística, mas o exame ainda não foi concluído. A delegada informou que se trata de um jovem de cerca de 20 anos que não mora em Catalão. “Ele já cometeu outros crimes semelhantes e se parece com as descrições feitas por testemunhas”, explicou.

Alessandra defende que é um caso complexo, com poucos indícios. Mesmo assim, ela afirma que “a Polícia Civil não vai desistir até localizar o autor”.

Mundança de rotina
Leidiane conta que a morte da filha abalou a família e provocou mudança na rotina de todos. Eles chegaram a se mudar da casa e do bairro que moravam. “Tudo lembrava ela, os lugares que ela brincava, ela adorava brincar”,conta Leidiane.

A família chegou a receber apoio psicológico por três meses, mas segundo a mãe, não foi o suficiente. Ela conta que as visitas ao túmulo da filha passaram a fazer parte do seu dia-a-dia, pois "aliviar a dor".

De acordo com a dona de casa, o que mais a conforta são os sonhos com Iasmin. “Eu sonho direto com ela, conforto quando a vejo nos sonhos, ela aparece sempre brincando e sorrindo”, conta.

Crime
Iasmin foi encontrada morta um dia após ter saído da casa da avó para ir até a feira onde a mãe estava trabalhando. No entanto, a menina não chegou ao destino. Após o sumiço, familiares e policiais chegaram a procurá-la, mas não a encontraram.

O pedreiro Luizmar Bernardes foi quem achou a menina morta na obra onde trabalhava, no Bairro Paineiras. "Cheguei e nós [outros colegas] trabalhamos um pouquinho. Quando olhei lá dentro, me deparei com a criança morta lá e chamei outro colega meu para olhar. É triste de ver. A cena é lamentável", disse na época.

Uma semana antes de ser morta, Iasmin havia escrito ao Papai Noel dos Correios pedindo presentes para ela e a família. Ao ler a carta, uma administradora de empresas, que não quis se identificar, percebeu que tratava-se da garota assassinada. Mesmo assim, a voluntária atendeu aos pedidos e fez as doações à mãe e aos irmãos da criança.

A mãe de Iasmin afirmou que a garota passava várias horas por dia na rua antes de ser morta. Segundo ela, a filha era muito comunicativa e falava com qualquer pessoa na rua. "Para ela, não tinha estranho", disse Leidiane.
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