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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Jovem morto a tiros por ladrões iria colar grau na segunda-feira e se preparava para o mestrado

Ao abrirem fogo contra Alex Schomaker Bastos, os criminosos colocaram fim à vida de um jovem descrito por colegas e professores como “brilhante”. O rapaz, que sonhava ser cientista, viveu seus 23 anos determinado a descobrir a cura de doenças raras. Alex era o melhor aluno de sua turma na escola, conseguiu ser aprovado em primeiro lugar no vestibular para a Faculdade de Biologia da UFRJ, iria se formar na próxima segunda-feira e estudava para a prova de mestrado na universidade. Queria fazer pesquisas sobre o genoma humano. Além disso, estava prestes a fazer o concurso para professor do Colégio Pedro II e já planejava um doutorado na Finlândia, onde estudaria o mapeamento genético de doenças degenerativas.


— Ele sempre foi muito determinado. Era estudioso e tinha o futuro acadêmico totalmente planejado. Eu perdi um filho amoroso, feliz, genial. E o Brasil perdeu um jovem que seria um grande cientista. O que mais me dói é pensar que, daqui a alguns dias, a história dele será esquecida por muitos. E o crime será esquecido pelas autoridades — lamentou Mausy Schomaker, torturada pela sensação de impunidade.

Jogada a um sofá, como se estivesse poupando a força para defender a memória do filho, ela falou sobre os últimos momentos do rapaz. Em uma cadeira de frente para ela, o pai de Alex, o jornalista Andrei Bastos, ouvia calado, devastado pela dor.

— Após sair da universidade, ele foi jantar com a namorada e amigos no Outback do shopping Casa & Gourmet. em Botafogo. Depois, Alex a colocou num ônibus e aguardava sua condução quando tudo aconteceu. Amanhã (hoje), ele iria encontrar com o pai em Búzios — contou a mãe.

Além de estudar, Alex era monitor do CAP da UFRJ e dava aulas no curso QI.

— Ele gostava de seriados e filmes como “O senhor dos anéis’’ e ‘‘Game of thrones’’. E era aficionado pelas teorias de Charles Darwin, Richard Dawkins e Ronald Fisher — disse o amigo Bernardo Carauta.

Alex morreu após ser baleado três vezes, ao reagir a um assalto num ponto de ônibus da Rua General Severiano, em Botafogo, quase em frente a uma das entradas do campus da universidade na Praia Vermelha, na noite de quinta-feira. O corpo dele será cremado neste sábado, às 10h, no Memorial do Carmo, no Caju.
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