Durante as férias escolares, quando diminui a agitação nas ruas da capital paulista, muitos moradores de outras cidades aproveitam para visitar a maior metrópole do país. Grande parte dessas pessoas é atraída pela diversidade cultural. Tanto para esses visitantes quanto para quem permanece na cidade, esta é uma época de programação especial nos museus. Segundo a Secretaria de Cultura do Estado, há opções de extensão cultural e de diversão para todas as idades, incluindo exposições, cursos e palestras. Entre as dicas está o Museu da Língua Portuguesa, localizado no conjunto arquitetônico da Estação da Luz, na região central.

O local é de fácil acesso, por meio do metrô da Linha Azul com conexão com a Via Amarela e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, além de várias linhas de ônibus. O museu fica aberto de terça a domingo, das 10h às 18h e toda última terça-feira do mês funciona até mais tarde (22h), mas com entrada até as 21h. O ingresso custa R$ 6,00, mas aos sábados a entrada é livre. Professores da rede pública não pagam desde que apresentem o contracheque e a carteira de identidade. As visitas são gratuitas também para crianças até 10 anos e adultos a partir de 60 anos.

Esse museu está com duas exposições e uma delas é em homenagem à escritora portuguesa Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa. A mostra tem como título “Agustina Bessa-Luís, Vida e Obra”, com concepção de Inês Pedrosa e João Botelho, e vai até 1º de março. Com suas obras traduzidas para o alemão, espanhol, francês, grego, dinamarquês, italiano e romeno, a autora inspirou a produção de vários filmes para o cinema, com destaque para os trabalhos do cineasta português Manoel de Oliveira. Entre as películas estão Vale de Abraão, de 1993, e O Convento, de 1995, a partir do romance As Terras do Risco.

No mesmo espaço, o público pode visitar a quarta edição da mostra Esta Sala é uma Piada. Trata-se de um conjunto de 200 obras entre charges, caricaturas e histórias em quadrinhos, selecionadas do 41º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, considerado o mais importante do gênero no mundo.

Outra boa indicação é a Casa Guilherme de Almeida. Nela, o público entra no mundo do poeta Guilherme de Almeida (1890-1969) , nascido em Campinas, no interior paulista, e que viveu a maior parte de sua vida em São Paulo. A exposição vai até o dia 28 de fevereiro e a entrada é gratuita.

A partir do próximo dia 25, aniversário de São Paulo, o Museu Afro Brasil inaugura a mostra do artista plástico Sidney Amaral, em sua primeira individual. São cerca de 50 peças entre pinturas, desenhos e esculturas em mármore, bronze e resina. Pode ser vista de graça às quintas-feiras e aos sábados. Nos demais dias, o ingresso custa R$ 6,00.

Quem tiver a curiosidade em conhecer algumas das engenhosidades dos presidiários da ex-Casa de Detenção do Carandiru, extinta em 2002, o Museu da Casa Brasileira apresenta a exposição Sobre Vivências: Carandiru. É a sexta edição de Casas do Brasil, evento que tem o objetivo de reproduzir os ambientes dos vários tipos de moradia dos brasileiros.

Nesse caso, a proposta é a de mostrar não só o espaço físico ocupado pelos presos, com reprodução fiel de uma das celas, mas o poder criativo dos sentenciados. Objetos como ferro de passar roupa, facas, filtros, fornos e imagens de santos fazem parte do material coletado entre 2001 e 2002 e que podem ser vistos, gratuitamente, aos sábados, domingos e feriados. Essa mostra vai até o dia 15 de março. A programação completa do museu pode ser vista no endereço: www.mcb.org.br .