O brasileiro Fernando Vieira Campello, de 24 anos, está desaparecido desde a madrugada desta sexta-feira na ilha de Gili Trawangan, em Bali, na Indonésia. O rapaz mora na Austrália com a mãe e o irmão há três anos e estava viajando pela Ásia desde o final de dezembro. Depois de passar por Camboja e Tailândia, a Indonésia era o último país que ele visitaria antes do fim do passeio, no dia 5 de fevereiro.

Fernando desapareceu na madrugada de sexta-feira depois de ir a uma festa com amigos. Segundo sua namorada, a estudante carioca Luana Martins, de 22 anos, ele se separou do grupo e não foi mais visto.

— A gente se falou praticamente todos os dias (da viagem), mas internet lá não é muito boa. Na quinta de manhã (horário do Brasil) ele me mandou uma mensagem falando que tinha feito mergulho com snorkel e tudo lá era maravilhoso. Quando eu vi a mensagem e respondi, ele já não tinha mais sinal de internet. Na mensagem eu disse que estava com muita saudade e tinha muito medo de perdê-lo. Ele nem chegou a visualizar —, contou.

A jovem conheceu Fernando durante um intercâmbio na Austrália, onde ficou por um ano e meio. Luana voltou para o Brasil no fim de dezembro, pouco antes do início da viagem de Fernando. O casal está junto há 11 meses

Segundo Luana, os amigos de Fernando não perceberam quando ele sumiu e começaram a procurá-lo na sexta-feira (horário da Indonésia).

— Era um grupo de cerca de 10 pessoas e estavam todos juntos na festa, mas o grupo acaba se dispersando ao longo da noite, é normal. Ele simplesmente sumiu. A galera descobriu no dia seguinte e começou a procurar.

A mãe do rapaz, Luciana Vieira, de 41 anos, chegou à ilha de Gili Trawangan nesta segunda-feira para ajudar nas buscas.

— A polícia da Indonésia não está fazendo nada. Eles procuram por uma hora e depois param. A gente quer que a embaixada brasileira ou australiana faça alguma coisa, já que ele é residente na Austrália há três anos e as autoridades da Indonésia não estão procurando.

Luana conta que Fernando planejava voltar para o Brasil desde a Copa do Mundo, mas ainda não havia definido uma data. Ela está mantendo contato com os amigos e a mãe do rapaz pela internet.

— Tenho momentos de calma e momentos de desespero. Na verdade nem estou tendo tempo para me desesperar porque tem muita coisa acontecendo e muita gente falando comigo. Nos dois primeiros dias eu não dormi. Consegui dormir esta noite porque a minha mãe me deu um calmante. Queria muito ir pra lá, mas não tenho como. Já pensei em pedir para as pessoas me ajudarem de alguma forma, mas eu tô com esperança que ele vai aparecer antes disso.

O Itamaraty informou que tem ciência do caso e está em contato com a embaixada brasileira em Jacarta para acompanhar a situação.