A falta de médicos transformou a sala de recepção do Hospital Municipal Esaú Matos, em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, em um centro cirúrgico, no último domingo. De acordo com a Fundação Pública de Saúde de Vitória da Conquista, três partos foram realizados no local de atendimento.

Morador da cidade, o leitor Anderson Oliveira afirmou que a unidade médica tem sido alvo de críticas há meses, devido a casos de “falta de alimentação e óbito em procedimentos de partos”. O problema ganhou ainda mais evidência no domingo, após a notícia de que um bebê não resistiu e morreu logo após nascer na recepção do hospital.

Responsável por administrar o local, a fundação afirmou que, “para normalização do atendimento às gestantes de alto-risco de Vitória da Conquista e municípios pactuados, está buscando o preenchimento total das escalas de obstetrícia da unidade, por meio do remanejamento de profissionais da rede”. O órgão confirmou que, no sábado, o atendimento médico obstétrico foi feito por apenas um profissional plantonista, que atendeu casos de urgência. No domingo e na segunda-feira, obstetras plantonistas realizaram o atendimento.

Sobre os três partos, a fundação afirmou que uma das crianças já estava nascendo quando a mãe chegou à maternidade. Quanto ao caso de óbito, o órgão rebateu as informações iniciais e disse que, segundo o laudo médico, o bebê “estava natimorto e com sinais de maceração e abaulamento. Ou seja, já se encontrava morto há pelo menos um dia”. A entidade acrescentou ainda que a gestante veio de Itambé, sem regulação para ser atendida em Vitória da Conquista.

A Fundação reforçou que investigará, separadamente, todas as “situações”.