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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Três policiais morrem baleados em menos de 48 horas no Rio

Mais um policial foi morto, na fim da noite deste domingo, na Baixada Fluminense. Foi o terceiro militar assassinado nas últimas 48 horas. Lotado no 39º BPM (Belford Roxo), o soldado Diego Moutinho da Silva Maia, de 29 anos, estava acompanhado de amigos num bar na Rua Marquês Canário, no bairro da Chatuba, em Mesquita, quando foi surpreendido por quatro suspeitos armados.


De acordo com informações do batalhão, o PM foi atingido por um disparo na cabeça. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo Albuquerque, mas não resistiu aos ferimentos.

No fim de semana, dois policiais militares morreram e cinco ficaram feridos. Um deles trabalhava no 41º BPM (Irajá), morto a tiros num confronto na madrugada de domingo. De acordo com a Polícia Militar, o caso ocorreu por volta das 2h, quando houve um confronto com bandidos no Morro do Juramento, em Vicente Carvalho, na Zona Norte da cidade.

Segundo informações do comando do 41º BPM (Irajá), os policiais faziam um patrulhamento em Vicente de Carvalho, quando ocupantes de um veículo reagiram à abordagem atirando. Três policiais foram feridos e levados para o Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha. O sargento Marcelos Salles de Oliveira não resistiu aos ferimentos, um policial foi liberado após atendimento na unidade e o outro foi transferido para o Hospital Central da Polícia Militar, onde permanece internado. O quadro de saúde do PM é estável.

No início da noite de sábado, um outro policial militar, que trabalhava na Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, foi assassinado. De acordo com informações do 20º BPM (Mesquita), o corpo do soldado Adson Nunes da Silva, ferido a tiros, foi deixado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Edson Passos, também em Mesquita, na Baixada Fluminense, por um carro preto não identificado. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense. A polícia procura imagens de câmeras de segurança instaladas na região, além de possíveis testemunhas que possam ajudar nas investigações.

Também no sábado, três policiais militares já haviam sido baleados em diferentes localidades com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Dois foram atacados no Complexo do Alemão — um foi atingido na cabeça e o outro, no abdome — e o terceiro, no Morro da Providência, na Zona Portuária. A Coordenadoria de Polícia Pacificadora não divulgou o nome dos PMs.

A família do policial militar Marcelos Salles de Oliveira, que morreu após ser baleado durante o confronto com traficantes no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, está inconformada. A irmã do sargento usou ontem uma rede social para desabafar. De acordo com ela, o irmão deixa quatro filhos, sendo um com deficiência. “Meu irmão trabalhava no Morro do Juramento, um local perigoso, cheio de marginais de alta periculosidade, para sustentar quatro filhos. Um filho é especial e só dormia com ele, só comia com ele. Meu Deus, por que isso aconteceu... ”, escreveu.

FAMÍLIA DESABAFA

A filha do sargento também usou as redes sociais: “Perdi meu melhor amigo, a melhor parte de mim, meu exemplo , minha razão. Meu pai se foi fazendo o que amava, sargento Marcelos Sales!”, lamentou ela.

Na sexta-feira, um policial militar foi baleado de madrugada, durante uma abordagem a criminosos num dos acessos a Santa Teresa. Identificado apenas como sargento Martins, ele foi atingido na perna direita pelos criminosos, que conseguiram fugir. Levado para o Hospital Central da PM, Martins foi medicado e liberado.

Desde janeiro, 57 policiais foram baleados no estado do Rio. Destes, 17 morreram.

 
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