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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Duque deixa a carceragem no PR e segue para depor na CPI em Brasília

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque deixou a carceragem da Polícia Federal (PF) por volta das 5h desta quinta-feira (19) em direção à Brasília. Preso pela segunda vez desde segunda-feira (16), Duque será ouvido perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras nesta manhã.


O ex-diretor da estatal saiu da PF sob escolta policial e seguiu em direção ao Aeroporto Afonso Pena. A PF não informou sobre o horário da decolagem. Já um dos advogados que o representa, Alexandre Lopes, informou que Duque foi levado em um avião da PF por volta das 6h. Ainda segundo o jurista, o preso deveria chegar a Brasília até as 8h, porém, até as 8h50 a aeronave não havia pousado.

Também foram convocados para a CPI os ex-presidentes da estatal Graça Foster e Sergio Gabrielli, além do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e dos ex-diretores da área Internacional Nestor Cerveró e Jorge Zelada.

Duque voltou a ser preso na deflagração da 10ª fase da Operação Lava Jato, devido a movimentações, no curso das investigações, de dinheiro depositado em contas no exterior. De acordo com a Polícia Federal, 131 obras de arte foram apreendidas na casa do ex-diretor. A convocação dele para depor na CPI foi aprovada pela comissão da Câmara no último dia 5.

A Lava Jato começou em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. A última fase foi batizada de "Que país é esse". De acordo com os policiais, o nome faz referência a uma frase dita por Renato Duque quando foi preso pela primeira vez, em novembro de 2014.

Ainda na segunda, Duque foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Além do ex-diretor, outras 26 pessoas foram denunciadas pelos mesmos crimes, incluindo o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto.

Devido à prisão dele, a CPI precisou enviar ofício ao juiz Sérgio Moro pedindo autorização para que ele fosse a Brasília depor.

Uma decisão interna da Câmara, porém, proíbe a oitiva de presos nas dependências da Casa. Para que Duque pudesse ser ouvido, o presidente da Câmara deputado Eduardo Cunha suspendeu esta normativa por um dia.

Movimentação financeira 
No despacho que determinou a prisão de Duque nesta segunda, Sérgio Moro informou que o Ministério Público descobriu que Duque continuou lavando dinheiro mesmo depois da deflagração da Operação Lava Jato, em março do ano passado.

O magistrado afirmou na decisão que o ex-diretor de Serviços da Petrobras "esvaziou" suas contas na Suíça e enviou € 20 milhões para contas secretas no principado de Mônaco. O dinheiro, que não havia sido declarado à Receita Federal, acabou bloqueado pelas autoridades do país europeu.

Obras apreendidas

As 131 obras apreendidas na casa de Renato Duque, no Rio de Janeiro, na décima fase da Lava Jato serão entregues ao Museu Oscar Niemeyer (MON) nesta quinta-feira. Outros oito quadros, que também foram apreendidos na casa de Adir Assad, investigado na CPI do bicheiro Carlos Cachoeira, também serão entregues ao museu.
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