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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Jovem fica ferida após agressão em escola estadual

Foto: Arquivo Pessoal

Jovem fica ferida após agressão em escola estadual
Uma jovem de 15 anos foi agredida por um grupo de garotas dentro da Escola Estadual Jardim Bopeva, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Segundo a jovem e a família dela, o grupo perseguia não apenas ela, mas também outras jovens que tinham boa aparência na escola. A menina ficou com ferimentos e está há quase um mês sem ir para a escola, porque não há vaga em outras unidades e está com medo de novas retaliações por parte das agressoras.

A mãe da menina conta que, desde que a família mudou-se do bairro Vila Sônia para Ocian, a jovem tem problemas na escola. Em 2014, a menina frequentava a Escola Estadual Lions Clube, no período da noite.

“As meninas achavam que ela era rica. Ela está sempre muito bem vestida, a gente mora em uma casa bonita, boa. As meninas começaram a apavorá-la, começaram a olhar torto. Uma menina fez ameaça para ela. Levei para a diretora, pedi a transferência da minha filha e ela falou que ia conversar com as meninas mas não tinha o que fazer”, relata.



A jovem foi transferida, junto com outra colega que recebia ameaças, para a Escola Estadual Jardim Bopeva e passou a estudar em tempo integral, das 7h às 16h. A mãe achou uma ótima solução, já que estava mais perto de casa, passaria bastante tempo na escola e longe daquele grupo de meninas. A jovem conta que o problema se repetiu.

“Eram de 10 a 15 meninas, elas passavam meio que ironizando meu cabelo, davam uma puxada. Elas nem me conheciam, quando deu um mês, elas continuavam. A diretora me deu todo o apoio. As meninas me provocavam por eu ser inteligente e bonita. Elas não citavam meu nome, jogavam indireta”, relata a estudante.

No dia 29 de abril, a estudante foi agredida dentro da escola. Ela conta que estava sentada, perto da sala dos professores, durante o intervalo. Uma aluna foi avisá-la que o grupo de meninas gostaria de conversar com ela no pátio, onde não há funcionários da escola. A menina negou e disse que iria ficar ali sentada.

“Uma delas passou por mim, puxou meu cabelo, fomos para o chão, veio outras duas, puxaram meu cabelo. A diretora separou. Ela alegou que eu xinguei ela e encarei ela. Eu cheguei a fazer um trabalho com ela, mas ela andou com outras meninas e foi se afastando de mim”, diz a estudante.

A jovem ficou com ferimentos perto do olho esquerdo, passou por consulta médica e está bem. A mãe dela chegou a conversar com a diretora da escola e pediu a transferência da menina. Mas não conseguiu arranjar vaga nas unidades estaduais do bairro. Depois do episódio, a menina tentou voltar a frequentar a escola mas não conseguiu.

“Eu não tinha feito nada de errado. Rolou um boato que elas queriam me bater de novo. Eu tenho consciência que não fiz nada de errado, mas é perigoso. Não é uma ou duas, são 10 ou 15. Isso é com muitas meninas da escola e ninguém tem coragem de encarar porque são muitas. Antes da briga comigo eu já tinha presenciado outras brigas com meninas lá”, relata.

A mãe da jovem conta que está com o marido no hospital e não pôde fazer o boletim de ocorrência sobre o caso. Após a agressão, ela relatou toda a situação ao Conselho Tutelar, que orientou a mãe a deixar a filha dentro de casa até a diretoria de ensino encontrar um lugar para a menina estudar em Praia Grande.

“Minha preocupação é pegarem ela na rua, no mercado, na esquina. Preferi manter ela dentro de casa. Quem está prejudicada é minha filha, é uma excelente aluna. Ela quer concluir os estudos dela. A gente tem que fazer alguma coisa para que a diretoria de ensino tome providências, mais policiamento, mais fiscalização, alguma norma. Isso está se tornando rotina nas escolas”, afirmou.

A Secretaria de Educação do Estado afirma que está ciente do caso e todas as providências serão tomadas após as investigações terem sido concluídas. Ainda de acordo com a instituição, a mãe da jovem agredida conversou com a diretora sobre uma possível transferência e a estudante mudará de escola.

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