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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Foi muito lindo e muito triste, diz mãe que reencontrou o filho após 10 anos

Foto: Reprodução Facebook

Mãe reencontra filho nos Estados Unidos após 10 anos e 6 meses

Mãe reencontra filho nos Estados Unidos após 10 anos e 6 meses

“Foi muito lindo o encontro com meu filho, e muito triste também, pois encontrei ele magrinho, o pai o abandonou", declarou ao G1 a dona de casa Rachel Nogueira Christ, de São João da Boa Vista (SP), que reencontrou o filho Joseph Lucas, nos Estados Unidos, após 10 anos e 6 meses de afastamento. O rapaz nasceu com hidrocefalia e mora há 13 anos em uma instituição mantida pelo governo norte-americano. Rachel, que residia nos Estados Unidos, estava proibida de retornar ao país porque se ausentou durante o processo para conseguir o visto permanente e foi deportada.

O encontro, que aconteceu no dia 16 de maio, data do aniversário de 26 anos de Joseph, foi compartilhado e comemorado no Facebook de Rachel. "Venci mais uma guerra, mais uma batalha, como um soldado que vai para a guerra, assim eu me senti ao abraçar meu filho. Tenho fé em Deus que vou recuperar a saúde do meu filho e logo ele vai estar bonito e formoso”, contou Rachel, que está alojada sob supervisão do Consulado e aguarda uma audiência para solicitar a guarda do filho.

Durante o período em que estiveram distantes, Rachel e Joseph se falavam diariamente por telefone. Segundo ela, o jovem acabou sendo abandonado pelo pai e está precisando de tratamento médico e odontológico.

"O pai nunca faz visitas para o meu filho. Ele esta magrinho e muito triste. Agora estamos felizes e só a morte vai nos separar. Quero cuidar do meu filho, levar para o dentista, médicos e tudo mais porque ele ficou todos esses anos desamparado. Vou tentar recuperar o tempo perdido com meu filho"

Rachel contou que já deu entrada na documentação para retirar o green card, visto permanente americano, e que só depois disso voltará ao Brasil, onde ficou seu atual marido. "Não pretendo retornar, meu filho nasceu nesse país, ele precisa ficar aqui. Vou ficar aqui agora, nunca mais vou ficar longe do meu filho. Meu esposo também vem e nós vamos trabalhar aqui".

Caso consiga a guarda de Joseph, a dona de casa pretende tirá-lo da instituição em que o rapaz vive. "Ele vai morar comigo. Enquanto ele for para o programa, que é das 8h às 16h, eu e meu esposo iremos trabalhar. Sempre fiz assim quando vivia aqui. Farei tudo que puder para o meu filho".

O caso
Rachel se mudou de São João da Boa Vista há mais de 25 anos, para tentar uma vida melhor com o marido em Nova York, e ficou grávida no mesmo ano. Antes de Joseph nascer, os médicos diagnosticaram que ele teria alguma deficiência e sugeriram um aborto, mas a mãe não aceitou. O casal, que se separou em 2005, tem a guarda compartilhada do filho, que vive em um internato na cidade de Cheshire, em Connecticut, desde os 12 anos.

Em 2005, após uma viagem para o Brasil, Rachel não conseguiu entrar de novo nos Estados Unidos. Ela foi proibida porque se ausentou do país durante o processo para conseguir o visto permanente sem autorização da imigração e foi deportada.

Nesses dez anos, Raquel voltou ao consulado mais de dez vezes, mas foi apenas nocomeço de abril que conseguiu uma autorização para retornar ao país.
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