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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Depois de ataque violento, empresária bate a cabeça e perde paladar e olfato

Foto: Eudes de Santana / Revista Glamour

Depois de ataque violento, empresária bate a cabeça e perde paladar e olfato
"Sabe aquele papo de que o ser humano é frágil e que as melhores coisas da vida são de graça? Então...sou a prova viva de que é tudo pura verdade. Meu nome é Fabi Saad, tenho 30 anos e sou empresária, dona do e-commerce de decoração HomeIt. Minha vida mudou do vinho pra água (tornou-se insípida e inodora. Logo mais vocês vão entender o porquê) justamente na virada do último Ano Novo. Dia 31 de dezembro de 2014, a noite que mudou minha história.

Eu era o retrato da felicidade: alugamos uma casa incrível em Trancoso – eu + meu noivo Felipe + uma turma de amigos –, a cinco minutinhos do Quadrado. Passamos o dia na piscina. Só saí da água mesmo pra me arrumar pro Réveillon. Justamente quando entrei no banho, a luz acabou. A solução foi correr pra pousada em que uma amiga minha, que também se chama Fabiana, estava hospedada, a poucos metros da nossa casa...



Tinha uma pedra no meio do caminho

Nesse curto caminho, porém, Fabi e eu percebemos uma pessoa correndo atrás da gente. Era um homem. Ele arrancou meu nécessaire e celular. Só me lembro do susto imenso que levamos. Numa reação automática, olhei pra trás pra ver se ele ainda estava perto... Bem, ele estava tão perto que, irritado, me empurrou com violência. Caí no chão de costas e bati a cabeça contra uma pedra. Desmaiei. Quando voltei a ter consciência, só ouvia os gritos da Fabi pedindo pra eu levantar e correr.

Levantei com muita dor e achei que as dores logo passariam e fui pra festa. Só que, logo que cheguei na balada, comecei a vomitar sem parar. O Felipe, então, me levou à ambulância de plantão. me deu uma injeção de cortisona. Aos poucos, a dor foi melhorando e parei de vomitar.

No dia 3, voltamos cedo pra SP. Já com os exames em mãos, o meu neurologista deu uma prévia do diagnóstico-bomba: traumatismo craniano com três hemorragias internas na cabeça e nervos do olfato e paladar danificados. Perguntei se voltaria a sentir cheiro e sabor. Ele respondeu: “Pode ser que sim, pode ser que não!”. Alguém aí faz ideia de como é conviver com essa incerteza angustiante?

Nos últimos sete meses, tive que reaprender a viver e me aceitar como uma nova pessoa. O louco é que passei a não tolerar bebidas alcoólicas e café, antigas paixões. Meu relacionamento também mudou muito. Não sentir o cheiro da pele dele é terrível e deixa tudo menos atraente. Mas a verdade é que a gente vai seguindo adiante. Tem que seguir, né? Nosso casamento será no dia 7 de agosto, só eu e ele, nas Maldivas. Estou superansiosa!

Atualmente, já consigo identificar o doce e o salgado, porém sem sentir sabor. É como se tivesse comido sal ou açúcar puros. Os cheiros, infelizmente, não deram sinal de vida. Fui a diversos médicos, e o meu caso parece mesmo complicado: apenas 5% de chance de os meus sentidos voltarem – e, se não voltarem nos próximos três meses, não voltarão mais.

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