Olhar Direto

Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Pai do advogado esquartejado no RJ tinha esperança de achar filho vivo

O corpo do advogado Fernando Félix Ferreira - que estava desaparecido, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense desde maio - vai ser enterrado na tarde deste sábado (4), no Cemitério Nossa Senhora do Belém, conhecido como Corte Oito, em Caxias. Ele foi encontrado nos fundos de uma casa na cidade. O assassino disse que matou por causa de uma dívida, mas a família do advogado desconfia dessa versão.


Foram 41 dias de angústia e espera. "Tinha muita esperança de ele estar vivo, muita. Minha esperança sempre foi baseada em Deus.  Esperava por ele dia e noite. Nas madrugadas ficava na porta do escritório esperando ele descer de um táxi, de um carro particular”, contou o pai, o também advogado Carlos Félix.

Quando a polícia prendeu o assassino, os pais do advogado ficaram chocados. O homem que matou e esquartejou o filho deles era um cliente.

Silas Peixoto de Carvalho, de 55 anos, morava num prédio humilde no bairro Engenho do Porto. Ele tinha duas causas na justiça: uma cível e outra trabalhista. E era Fernando quem cuidava dos processos. O corpo do advogado foi encontrado dentro um buraco coberto por cimento.

Na hora da prisão, o assassino confessou o crime e apontou onde escondeu o corpo. Para a polícia, ele disse matou por causa de uma dívida.

“Ele confessou todo o crime, que ele teria matado o Fernando Félix porque ele era seu advogado e havia emprestado a ele R$ 1 mil e estaria cobrando esses R$ 1 mil”, disse o delegado Fábio Cardoso, da Divisão de Homicídio da Baixada Fluminense (DHBF).

Mas a família conta uma versão diferente. “Ele nunca teve dívida com Silas. Nunca teve intimidade ou proximidade com Silas.

Fernando Félix desapareceu no dia 23 de maio. Ele saiu para encontrar um corretor de imóveis e não voltou. O carro dele foi encontrado, no mesmo dia, a 500 metros da casa de Silas.

Mesmo depois de matar o advogado, o assassino ainda tentou extorquir dinheiro do pai da vítima. Ele mandava bilhetes pedindo resgate. Num deles, ele exigiu R$ 100 mil em notas de R$ 100 e R$50.  E ainda ameaçou: "Tenho contato dentro polícia, fico sabendo de tudo", dizia o bilhete.

Silas e um comparsa foram presos por policias disfarçados quando iam receber o suposto resgate.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet