O rapaz agredido, juntamente com outras pessoas, na saída de uma casa noturna em Santos, no litoral de São Paulo, na madrugada do dia 21 de junho, passou por uma cirurgia nesta sexta-feira (3) para recuperar o maxilar e o nariz, quebrados durante a briga.

As agressões foram gravadas em vídeo por uma testemunha. Nas imagens, é possível ver um homem, sem camisa, desferindo um soco em Alessandro Allan dos Santos, de 25 anos, que cai no chão. O agressor ainda chuta a cabeça da vítima, mesmo após ela não esboçar reação.

Em rápido contato telefônico com o G1, após ter realizado o processo cirúrgico, Alessandro mostrou-se bastante debilitado e com dificuldades para falar. Nas redes sociais, ele afirmou que "oportunistas" roubaram seu celular durante a confusão e ainda tentaram furtar a sua moto, que estava no estacionamento da casa noturna, localizada no bairro Campo Grande. Segundo o jovem, o veículo só não foi levado porque um policial civil percebeu e frustrou a ação.

Investigação
O homem suspeito das agressões, que não teve a identidade revelada, prestou depoimento à Polícia Civil, mas foi liberado em seguida. Ele afirmou não se lembrar da confusão, assim como Alessandro, que em depoimento disse que não consegue recordar os detalhes da briga.

De acordo com o delegado Carlos Henrique Fogolin, responsável pelo caso, o agressor decidiu prestar depoimento após ser convencido por familiares. "Ele nos disse que estava alcoolizado e que não se lembrava da confusão. O rapaz foi agredido anteriormente e estava com cerca de sete pontos na boca", explica.

Já Alessandro afirmou que apenas tentava tirar um amigo da confusão e que não lembra do momento em que foi agredido. O delegado agora aguarda o resultado dos exames de corpo de delito, realizados no Instituo Médico Legal (IML), para indiciar o agressor no artigo correto.

"Falar em prisão ainda é muito precipitado, pois o que sabemos é que foi uma briga generalizada e o rapaz teria se excedido na própria defesa. Como o agressor disse que foi alvejado primeiro, temos que saber quem o agrediu. Precisamos analisar todos os depoimentos possíveis para concluir o que realmente aconteceu", finaliza o delegado.