A advogada Juliana Alves Barbosa, de 27 anos, morreu após ser submetida a várias cirurgias plásticas em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. A família acusa o médico de negligência.Juliana, que decidiu fazer as plásticas após emagrecer 20 kg, escolheu o médico por indicação de amigas. Foram quase seis horas na sala de cirurgia.
A advogada decidiu fazer de uma só vez quatro procedimentos — redução dos seios, colocação de próteses de silicone, operação no abdome conhecida como abdomenoplastia e aplicação da substância metacril para aumentar os glúteos.
O ex-marido de Juliana é o cantor de pagode Ferrugem. Para ele, houve negligência do médico que a operou.
Segundo Thais Martins, amiga de Juliana, a advogada fez todos os exames pré-operatórios. Segundo ela, o médico em momento algum teria desaconselhado a fazer todos os procedimentos de uma vez.
Juliana recebeu alta no mesmo dia. Parentes afirmam que ela deixou o hospital com falta de ar, mas o médico teria dito que o sintoma era normal. O problema piorou e Juliana foi internada em estado grave: ela estava com embolia pulmonar.
As intervenções custaram ao todo R$ 30 mil e foram feitas nesta clínica em Niterói, na última quarta-feira (15). O local não tem UTI.
Em dezembro de 2011, a Justiça determinou o fechamento da clínica por falta de estrutura. A decisão determinou ainda a interdição do centro cirúrgico por questões sanitárias.
Thais Martins, amiga de Juliana, disse que ela estava feliz com a perspectiva da cirurgia. Segundo Thais, a advogada saiu da mesa de cirurgia com falta de ar, tossindo muito. Mas, apesar dos sintomas, teve alta médica.
— O médico falou que ela tinha que reaprender a respirar. Eu achei estranho. Ele falou que era uma coisa normal porque ela estava muito cortada, tinha tomado muitos pontos, feito várias cirurgias diferentes.
O corpo de Juliana foi enterrado no último sábado (18), na zona oeste do Rio, sob forte comoção de parentes e amigos. Procurado, o médico não atendeu às ligações. Juliana deixa uma filha de quatro anos.
