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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Policial suspeito de matar Eliza foi delatado por primo de goleiro Bruno

Para comprovar a ligação do policial aposentado José Lauriano de Assis, o Zezé, na morte de Eliza Samudio, a polícia juntou diversas peças de um quebra-cabeça. Um deles veio à tona um ano depois da polícia pedir a prisão do suspeito: o primo do goleiro Bruno Fernandes, Jorge Luiz Rosa, contou aos investigadores ter sido ameaçado por Zezé com um revólver durante o sequestro de Eliza e também revelou que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, entregou um pacote de dinheiro ao policial no dia da morte da modelo.


Entretanto, o primo do goleiro já apresentou sete versões diferentes para o crime. 

O delegado Wagner Pinto participou do depoimento de Jorge Luiz Rosa em 2014. 

— Ele sem sombra de dúvidas afirmou que o Zezé tem participação e que somente não teria revelado isso anteriormente por temor, por ele ser policial civil. São várias conversas, encontros pessoais, tudo isso mostra de forma inequívoca a participação. O registro das antenas dos celulares dos envolvidos comprovam que Lauriano estava nos locais apontados pelo primo de Bruno.

O depoimento foi prestado em julho de 2014 - um mês depois a Polícia Civil pediu a prisão de Zezé, que foi deferida somente em julho de 2015. O policial fugiu de casa e está foragido há quase um mês. 

Enquanto trabalhava como investigador, ele também era empresário da banda de pagode "Os Neguinhos", que tocava em festas de Bruno e recebia patrocínio do goleiro. Foi ele quem teria apresentado Bola ao ex-jogador do Flamengo. 

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No documento, Rosa reage ao ser perguntado se tem medo de Zezé: "Sim, doutor, lógico. Eu não conheço ele direito. Ele é policial, está envolvido nisso e no dia do crime ele colocou a arma em mim sem eu ter feito nada. Imagina agora com este depoimento que estou falando?". 

Durante o sequestro de Eliza, em um motel em Contagem, na Grande BH, Zezé teria chamado Jorge para dentro de um carro, apontou uma arma automática e perguntou se havia alguma mulher ferida dentro do quarto. Uma funcionária do motel atestou que um homem com as características físicas de Zezé "visitou" os casais que estavam hospedados ali. 

Nos grampos telefônicos, Zezé demonstrava que sabia que era gravado pelos investigadores. Em várias oportunidades pedia para colegas ligarem para outro número, já que o pessoal fica gostando de ouvir conversa no meu grampo". 

Wagner Pinto, entretanto, não conseguiu rastrear o interesse de Zezé na morte de Eliza. 

— O Zezé trabalhou como um intermediário. Agora, o que moveu ele a ter essa vinculação, a investigação não conseguiu alcançar. Se foi pela amizade, pelo valor monetário. Lamentavelemte não temos como definir.
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