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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Saiba quando desconfiar do preço da gasolina

Foto: Reprodução

Saiba quando desconfiar do preço da gasolina
Com as frequentes altas do preço da gasolina em todo o País, você já deve ter chegado ao posto e se perguntado: Será que estou pagando o preço justo? Quando será que devo desconfiar do valor que aparece na bomba de combustível?


Motivos para essa desconfiança não faltam. Apenas na cidade de São Paulo, o preço da gasolina chega a variar 25% de um posto para outro, segundo levantamento feito pelo R7 com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo). A agência faz uma sondagem periódica em 129 postos na capital paulista e em mais de 2.600 em todo o País.

Entre 30 de agosto e 5 de setembro, na capital paulista, os números revelaram, por exemplo, bombas em que o litro do combustível era vendido a R$ 2,799 (Casa Verde) e a R$ 3,499 (Brooklin). O preço médio na cidade é de R$ 3,07.

No Rio de Janeiro, onde o litro da gasolina é vendido pelo valor médio de R$ 3,50, há posto que vende por bem menos: R$ 3,098. Mas também tem local cobrando bem acima disso: R$ 3,799. Diferença de quase 23%.

Um empresário paulista do setor que preferiu não se identificar diz que o consumidor precisa desconfiar sempre.

— Preço alto não é qualidade garantida. Já o preço baixo é falta de qualidade garantida.

Ele justifica que o litro da gasolina é vendido na distribuidora por R$ 2,55, sem contar R$ 0,05 de frete e R$ 0,14 de lucro da própria distribuidora.

— Só isso já dá R$ 2,74. Fora isso, tem os custos do posto. Não dá para se manter com uma margem tão pequena.

A ANP nega que o consumidor tenha que desconfiar dos preços mais baixos e diz que fiscaliza "vícios de quantidade (se a bomba fornece volume de gasolina, etanol, diesel inferior ao registrado), a qualidade dos combustíveis líquidos (etanol, gasolina e diesel) e se o posto tem a documentação necessária para funcionar".

De fato, existem alguns fatores que podem ajudar o dono do posto a oferecer um combustível mais barato. Um deles é o preço que ele fecha com o fornecedor, outros são os custos que tem com o posto, como a localização (influencia no preço do IPTU, do aluguel), número de funcionários, estrutura etc.

Levando em consideração todos esses custos, um preço justo para o empresário praticar em uma cidade como São Paulo ficaria em torno de R$ 3. No Rio de Janeiro e em Minas Gerais esse valor subiria para R$ 3,30.

Mas diante de tantos flagrantes de gasolina contendo mais etanol do que o permitido por lei (27%) ou de bombas adulteradas, há uma parcela de brasileiros que reluta em acreditar em postos “generosos”. De qualquer forma, o preço dos combustíveis no País é livre e cabe ao consumidor avaliar e decidir se está disposto a pagar.

O presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), José Alberto Paiva Gouveia, explica que todo o mercado está sujeito aos mesmos custos da cadeia produtiva.

— Sobre o preço que a gasolina sai da refinaria ainda incide frete e lucro da distribuidora. Todos precisam trabalhar em cima disso para estabelecer uma margem que sustente a operação do posto.

O Acre vende a gasolina mais cara do País, segundo a pesquisa da ANP: R$ 3,795 o preço médio do litro. Em seguida, aparece Rondônia, onde o litro é vendido, em média, por R$ 3,631.

Para quem acha que já está pagando muito pela gasolina, uma notícia ruim: o governo estuda aumentar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). No começo do ano, esse imposto e mais a Cofins geraram um custo adicional de R$ 0,22 para cada litro do combustível.
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