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Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Projeto de pescadores esportivos quer repovoar Bacia do Rio Doce

Um grupo de pescadores esportivos criou o projeto Viva Rio Doce com o objetivo de repovoar a bacia contaminada com a lama da Samarco. A ideia surgiu como forma de tentar amenizar as consequências o desastre ambiental causado pelo rompimento de uma barragem em Mariana, na região central de Minas Gerais.


Alexandre Estanislau, um dos idealizadores do projeto, conta que o grupo pretende resgatar peixes de afluentes que não foram afetados pelos rejeitos de minério.

— Nossa ideia é resgatar os peixes destes locais, reproduzir em cativeiro e repovoar os afluentes novamente.

Estanislau aponta ainda que o projeto pretende conscientizar famílias e prefeituras das cidades que ficam às margens do rio.

Além dos pescadores, a equipe conta com três biólogos especialistas em ictiofauna que já trabalharam na bacia do Doce e a Fazenda Paraná, que faz este trabalho para a Bacia do São Francisco. O pescador diz que será um processo lento e vai requerer ajuda, técnica e estrutura.

— Criamos uma plataforma de financiamento coletivo para colocar o projeto em prática. Pedimos inicialmente R$500 mil, já que é uma técnica de alto custo.

Laudos divergem em dados

A mineradora Samarco divulgou nesta quinta-feira (6) uma análise sobre o rejeito que devastou o distrito de Bento Rodrigues e se alastrou pelo rio Doce até chegar no Oceano Atlântico. De acordo com o laudo contratado pela empresa ao SGSGeosol Laboratórios, a lama proveniente do desmoronamento da barragem "não apresenta periculosidade às pessoas e ao meio ambiente".

Outros exames realizados logo após a tragédia contrariam os dados apresentados pela Samarco. Uma semana após o ocorrido, amostras da enxurrada de lama que foram coletadas cerca de 300 km depois do distrito de Bento Rodrigues apontaram concentrações absurdas de metais como ferro,alumínio e manganês - este último é considerado tóxico.

Já exames solicitados pelo SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Baixo Guandu (ES) atestaram a presença de arsênio, chumbo, cromo, zinco, bário e manganês, entre outros, em níveis muito acima do recomendável (leia o relatório completo aqui). Outro estudo mostrou que metais pesados ultrapassaram o limite em três cidades cortadas pelo Rio Doce. A Samarco não rebateu nenhum dos laudos até o momento.
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