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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Suspeita da morte de namorado no RJ nega crime e cita empréstimos

Três dias após sair da prisão, onde esteve por 40 dias por suspeita de participação na morte do seu então namorado, o empresário Felipe Lavina, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Elen Curi contou ao G1 que Felipe fazia empréstimos de dinheiro a juros e que isso pode ter motivado o homicídio. A jovem, de 23 anos, nega ter sido mandante ou ter qualquer participação no crime.


"Os três elementos que subiram não chegaram perguntando pelo cofre, chegaram perguntando pelo dinheiro. Estávamos no quarto dormindo e eles chegaram ligando a luz e dizendo: 'Acorda, Felipe! Você foi dado. Cadê o dinheiro?'" Quem indicou o cofre a eles foi o próprio Felipe e eles disseram: "Cadê o restante?". Eles não foram para roubar, eles foram para matar o Felipe", avalia Elen. "Mas isso cabe à polícia investigar".

Elen relembra que, após pegarem o dinheiro no cofre de Felipe, os criminosos os levaram de carro para a comunidade conhecida como K-11, em Nova Iguaçu, onde teria acontecido a execução.

"Eu permaneci rendida dentro do carro por um dos bandidos que tampava meus olhos enquanto mantinha uma arma apontada para a minha cabeça", relata. Os olhos dela permaneceram tampados durante todo o tempo em que esteve sob poder dos bandidos.

Depois de ser ameaçada de morte quando os criminosos indicaram que queriam queimar o carro com ela dentro, ela relata que foi deixada na rua da Serra, em Mesquita, a alguns quilômetros dali. "Eu creio que o foco não era eu. Eu gostaria inclusive de saber o porquê da morte do Felipe", questiona .

O inquérito da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, que deve ser concluído no início de 2016, indica pelo menos duas testemunhas apontando a participação de Elen como mandante do crime. A jovem foi presa no dia 12 de novembro, após depoimento na DHBF.

Cárcere
Elen afirma que recebeu coronhadas e golpes na cabeça e no couro cabeludo durante o tempo que ficou sob a mira dos criminosos e fala sobre as acusações que recebeu, sobre ser a mandante do crime.

"Imagine o que é para um pai e uma mãe escutar: 'Mas ela só levou umas coronhadas'.  'Nossa, ela não foi nem estuprada'. Ou 'Por que que não mataram ela também?' Como se isso fosse a coisa mais normal do mundo", questionada.

"Nada vai superar o que aconteceu no dia 25 de outubro. Hoje posso te dizer que será o maior Natal de minha vida. Sinto falta apenas do meu príncipe [Felipe], nos amávamos muito. Minha família e eu vamos brigar por Justiça, queremos saber o porquê da morte dele", garantiu Elen.

Investigação
Segundo o desembargador Nidson Cruz, da 6ª Câmara Criminal, a DHBF errou ao intimar Elen por Whatsapp para prestar depoimento no dia 12 de novembro. Logo após esse depoimento, o delegado Fábio Salvadoretti, de posse do mandado de prisão temporária, teria ordenado a prisão de Elen.

Segundo o magistrado, a polícia não conseguiu provar a necessidade da prorrogação da prisão.

"Sucede que, como se depreende do que foi antes exposto nenhuma necessidade lógica se demonstrou da prisão da paciente para o fluir das investigações, a qual, por duas vezes, compareceu à presença da autoridade policial. A primeira espontaneamente logo após o crime. A segunda após ser intimada por WhatsApp", lê-se na decisão do desembargador, que declarou ainda não ter visto "qualquer gesto da paciente com a finalidade de embaraçar as investigações", assim como elementos que expliquem a prisão preventiva e sua prorrogação.

Durante as investigações do caso, uma testemunha relatou ter sido procurada por dois traficantes e um primo de Elen, Luigi, além da própria, para juntos planejarem a execução do assalto à casa de Felipe, que mantinha um cofre em sua residência.

Suspeitos assassinados
Com essas informações, o delegado responsável pelo caso teria dado a ordem de prisão. Poucos dias após o crime, dois dos traficantes que mataram Felipe foram mortos por outros criminosos na favela da Chatuba, em Mesquita.

Dias depois da prisão de Elen, Luigi também foi preso após ter confessado participação no crime. Segundo o delegado Luiz Otávio Franco, há outras informações no inquérito apontam para a participação de Elen, que nega que Luigi seja seu primo. "Estamos trabalhando com isso", disse Fábio.
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