O medo da nova gripe está levando muitos brasileiros a mudar os hábitos de higiene. E essa preocupação pode garantir mais saúde, mesmo depois da pandemia.

Em um restaurante popular de Belo Horizonte, onde são servidas 5 mil refeições diariamente, a orientação chega por microfone. “Quando for almoçar, tem que lavar as mãos.” Os lavatórios agora estão sempre lotados.

A mudança de hábitos de higiene vai além da hora da alimentação. Na rodoviária de Belo Horizonte, onde circulam mais de 30 mil pessoas por dia, muita gente mudou de comportamento, preocupada com a nova gripe.

“A gente procura falar um pouco mais alto e manter uma certa distância”, diz o atendente Vaguismar Dias.

A dona-de-casa Silvane Gomes da Silva se equilibra com a filha no colo ao descer as escadas até a plataforma de embarque. Nada de tocar no corrimão.

Precaução também no bebedouro. “No bebedouro, a água volta toda pela boca e eu prefiro improvisar o copinho, é melhor”, afirma o caminhoneiro Fabiano Emerson.

“A epidemia vai passar em algum momento, mas vão ficar os bons hábitos adquiridos. Será um ganho pedagógico”, diz o infectologista Carlos Starling.