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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Brasileiro diz ter sido detido em aeroporto da Venezuela

O escritor brasileiro Paulo Sandrini afirmou ter sido detido, no último sábado, no Aeroporto Internacional Simon Bolívar de Maquetía, na Venezuela, quando se preparava para embarcar e retornar ao Brasil, informou o site do jornal local TalCual. Segundo a publicação, Sandrini, outro homem e um jovem professor universitário foram acusados de "suposto porte de drogas". A suspeita não foi confirmada e o escritor afirmou ter sofrido "violência psicológica".


Paulo Sandrini, 38 anos, estava em Caracas para ministrar uma série de oficinas literárias denominada "Violenta imaginação". Ele se soma a uma lista de outros escritores e intelectuais que têm sido maltratado em aeroportos, como Enrique Krauze e Mário e Álvaro Vargas Llosa, segundo o jornal.

O escritor contou ter sido surpreendido quando se dirigia à zona de embarque. Militares e agentes de imigração solicitaram o passaporte, sua bagagem de mão e pediram para que ele passasse na máquina antidrogas, segundo o relato de Sandrini.

"Estava na fila, passando com a minha bagagem de mão, quando me pararam. Sem explicações, me pediram o passaporte e mandaram que eu me colocasse embaixo da máquina para detectar drogas. Fizeram-me passar três vezes pela máquina e, como eu não tinha tomado café da manhã, viram que eu estava de estômago vazio. Então me levaram a um quarto, onde me deixaram por meia hora. Depois me levaram a um hospital, para tirar raio x, para detectar se eu levava drogas ou não em meu estômago", disse o escritor ao jornal TalCual.

"Me levaram à uma clínica em más condições e com aparelhos obsoletos. Fizeram os exames, que saíram negativos". "Era uma violência psicológica contra mim, uma 'violência institucional', sobre a qual havíamos debatido com os alunos da oficina literária. Mas eu fiquei tranquilo e li um livro no carro da polícia, o que para eles foi um tanto incômodo".

O autor explicou ter sido levado ao aeroporto depois dos exames. Ele disse ter sido solto e obrigado a assinar um documento que explicava o procedimento das autoridades e que não havia sido molestado nem agredido.
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