Preso nesta segunda-feira acusado de estupro e atentado violento ao pudor, o médico Roger Abdelmassih um dos mais famosos especialistas em reprodução assistida do país nega as acusações desde que passou a ser investigado.
Desde que as suspeitas sobre o médico se tornaram públicas, Abdelmassih negou por diversas vezes ter praticado crimes sexuais. No início do ano, o médico disse à Folha ter sido vítima de uma ação orquestrada por concorrentes.
Segundo o acusado, ele vem sendo atacado há aproximadamente dois anos por um "movimento de ressentimentos vingativos".
Abdelmassih também sustenta que as mulheres que o acusam podem ter sofrido alucinações provocadas pelo anestésico propofol, usado durante o tratamento de fertilização in vitro. De acordo com ele, as pacientes podem "acordar e imaginar coisas".
Ao menos 60 mulheres dizem ter sofrido crimes sexuais durante consultas. Porém, a defesa do especialista afirma que ele nunca fica sozinho com suas pacientes na clínica, estando sempre acompanhado por uma enfermeira.
Nesta segunda-feira (17), a Justiça recebeu a denúncia (acusação formal) oferecida pelo Ministério Público e, com isso, foi instaurado processo criminal para a análise das acusações. A prisão preventiva contra Abdelmassih foi decretada pelo juiz Bruno Paes Stranforini, da 16ª Vara Criminal.