Um sargento da Polícia Militar foi um dos presos na terça-feira (15) durante uma operação da Polícia Federal contra a produção e divulgação de imagens de sexo envolvendo crianças e adolescentes. No total, sete pessoas foram presas – seis no estado de São Paulo e uma em Minas Gerais. Os computadores dessas pessoas serão analisados.

O sargento trabalha há quase 19 anos na PM. Ele foi preso em flagrante, depois que policiais federais estiveram em um batalhão da PM em São Vicente, na Baixada Santista. Na casa do suspeito, foi encontrado material de pedofilia.

A PF cumpriu 13 mandados de busca em quatro estados e no Distrito Federal. Em uma casa de um bairro de classe média da capital paulista, um jovem de 18 anos foi preso. O computador dele foi aberto e vasculhado – e foram encontradas fotos e vídeos de crianças em cenas de sexo.

A investigação começou no ano passado, com a prisão de um técnico em eletrônica em Campinas, a 93 km de São Paulo. Segundo a polícia, ele divulgava material erótico com crianças.

Os agentes federais usaram uma técnica pouco comum de investigação de crimes via internet. Eles receberam uma autorização da Justiça para manter o computador do suspeito de pedofilia funcionando. E conseguiram identificar 71 suspeitos – 11 brasileiros e 60 estrangeiros. As informações foram enviadas para autoridades de 23 países.

Segundo a PF, a venda de material para pedofilia movimenta bilhões de dólares por ano em todo o mundo. No Brasil, distribuir ou armazenar material pornográfico infantil pode levar a oito anos de prisão.

“Não existe anonimato na internet. As pessoas que estão praticando crimes na rede mundial de computadores vão ser localizadas. Seja pedofilia ou outra natureza [de crime]”, disse o delegado Jessé Coelho de Almeida.