Grupos de rodoviários grevistas causam pânico a trabalhadores e moradores de dois dos seis municípios do Rio que estão com a circulação dos ônibus municipais e intermunicipais paralisados. Até as 11h desta sexta-feira, 12 ônibus haviam sido depredados na saída das garagens das empresas Pendotiba, Ingá e Rio Ita em Niterói e em São Gonçalo. Ainda não há informações de feridos.

A greve, deflagrada na madrugada desta sexta, atinge 1 milhão de pessoas, estima a Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio). A paralisação acontece em Niterói, São Gonçalo, Maricá, Tanguá, Itaboraí e Rio Bonito.

Segundo a Fetranspor, a Polícia Militar foi acionada para reforçar o policiamento nas regiões onde os ônibus foram depredados. Testemunhas disseram que os grevistas usaram pedras e outros materiais para arremessar contra os veículos que tentavam sair das garagens para circular e deixar de aderir a greve.

Mais cedo, os rodoviários de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Tanguá decidiram não aceitar a proposta de reajuste salarial de 6,25% feita pelo Setrerj (Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio), além de um aumento de 7% no valor da cesta básica, segundo a Fetranspor. Os grevistas exigem um aumento de 10% nos salários.

"Nossa expectativa é que até o final do dia esteja devidamente normalizado o serviço. A negociação continua para chegar a um acordo", disse o diretor de Marketing e Comunicação da Fetranspor, João Augusto Monteiro.