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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Patrão diz que jovem humilhada por usar roupa curta tem emprego garantido

A estudante de Turismo hostilizada por colegas da Universidade Bandeirantes por vestir roupa curta trabalha há um ano e nove meses em um mercadinho em frente à casa dela, em Diadema, no ABC. Dono do mercado, Fidel Pereira, de 56 anos, descreve a estudante como funcionária exemplar e disse que ela continua com o emprego garantido.


“A minha preocupação é que ela fique traumatizada com tudo isso. Mas ela volta quando quiser”, afirmou ele. "Não tenho nenhuma reclamação. Ela não dava problemas, trabalhava certinho”, afirmou.

A estudante está sem trabalhar desde quinta-feira (22), dia do incidente. “A mãe dela veio me avisar que ela não poderia vir, que ela estava com a cabeça fora do lugar. Só ontem [quinta] fui saber o que aconteceu”, disse o comerciante, que não vê a jovem desde antes do ocorrido. “Ela está recolhida em casa.”

Pereira afirma que no local de trabalho Geise sempre evitou roupas curtas e nunca se envolveu em incidentes com clientes. "Fora do horário de serviço ela sempre usa vestido curto e eu acho uma coisa normal. Mas para trabalhar ela vinha de calça comprida. Não só ela como ninguém vem. Tem que trabalhar abaixado, subir na escada para pegar mercadoria e aí não dá certo."

No mercadinho, Geise fazia de tudo um pouco – trabalhava como caixa, recebia mercadorias e arrumava as prateleiras, cinco horas por dia, das 9h às 14h. A estudante recebe R$ 410 por mês. Segundo Pinheiro, a jovem começou no emprego quando tinha apenas 16 anos, e foi até o local pedir uma vaga.
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