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Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Parentes das vítimas do acidente da TAM pedem mais rigor e segurança em voos

A Afavitam (Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo JJ3054 da TAM) realizou uma manifestação na tarde de ontem no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, em homenagem às vítimas da tragédia e para pedir mais rigor na fiscalização e cumprimento das normas aéreas pelas autoridades e empresas do setor.



Carregando faixas, cartazes e vestindo camisetas pretas com as fotos das vítimas, cerca de 90 pessoas, entre familiares e amigos, fizeram uma caminhada do Quality Suítes Hotel --localizado próximo ao aeroporto-- até Congonhas, onde no saguão de embarque fizeram um círculo e de mãos dadas gritaram o nome das pessoas que foram indiciadas pela Polícia Civil de São Paulo, rezaram e pediram justiça. Depois foram para o check in da TAM e protestaram.

Por volta das 17h20, os familiares saíram do aeroporto e foram até o local em que ocorreu o acidente. "Queremos alertar a sociedade para os riscos que o transporte aéreo ainda oferece", afirmou Dario Scott, presidente da associação.

O PM aposentado de Gravataí (RS) Milton Moller Filho, que perdeu a mãe, tia e prima no acidente, ressalta a importância da união dos familiares. "Foi muito importante criar a associação, pois no Brasil não existe legislação específica para este tipo de acidente. A nossa luta é para evitar uma nova tragédia."

Neste fim de semana, em São Paulo, foi realizado um encontro para avaliar os resultados das investigações sobre o acidente com o avião Airbus da TAM, que ocorreu no dia 17 de julho de 2007 e matou 199 pessoas.

Durante o encontro, no sábado (21), o procurador da República, Rodrigo de Grandis, afirmou, segundo a assessoria da Afavitam, que, no máximo até setembro, deverá encaminhar o processo para avaliação da juíza Paula Mantovani, da 1º Vara Federal Criminal de São Paulo.

A relação dos denunciados, no entanto, ainda não foi fechada, segundo de Grandis informou à associação. Em novembro do ano passado, a Polícia Civil havia anunciado o indiciamento de dez pessoas apontadas como responsáveis pelo acidente com o Airbus da TAM. Em dezembro, outros três funcionários da TAM foram indiciados pelo acidente.

Uma decisão muito comemorada pelos familiares das vítimas foi a mudança do estatuto das investigações de sigilo total para sigilo parcial. A partir de agora, tudo o que não atrapalhe o processo de investigação poderá chegar ao conhecimento dos advogados das famílias. A juíza Mantovani, responsável pela decisão, entendeu que o sigilo total do inquérito prejudicava os familiares.

Com o fim das investigações pela Polícia Civil, elas passaram a integrar o inquérito que vem sendo efetuado pela Polícia Federal.

De acordo com o assessor da Afavitam, Roberto Gomes, citando o procurador de Grandis, isso não vai causar problemas ou atrasos. "Segundo me consta, os laudos técnicos da PF e da Polícia Civil não possuem grandes divergências, as linhas de trabalho das duas polícias eram parecidas. Havia uma troca entre elas", afirmou Gomes.

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