A Justiça fez um acordo com empresas na tentativa de diminuir o número de presos que voltam a cometer crimes depois que cumprem as penas. Conseguir trabalho para presidiários virou questão de segurança pública.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça, Gilmar Mendes, visitou o Rio nesta sexta-feira (6) e lançou um programa para fazer parcerias com as empresas para que elas empreguem ex-presidiários. Na cerimônia, alguns já ganharam a primeira chance.

“Nós temos que atacar a taxa de reincidência no Brasil que é extremamente elevada. Então não se trata apenas de uma orientação humanística, mas se trata também de uma preocupação com segurança pública, orientada inclusive pelos critérios de segurança pública da ONU”, disse Gilmar Mendes.

Um presidiário trabalhando é uma cena rara. Leandro José Batista, que está em regime semiaberto, só conseguiu o emprego porque trabalha numa gráfica do estado, criada justamente para dar uma profissão e um futuro para quem já pode sair da cadeia.

“É fundamental, a gente que vive nos presídios, vai ser visto com outros olhos pela população, pela sociedade. Até então, é muito preconceito”, relatou o presidiário.