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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Prefeitura admite ser impossível evitar alagamentos e cria plano de contingência no Rio

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), admitiu na tarde desta quarta-feira que é impossível impedir alagamentos causados por chuvas fortes em alguns pontos da cidade, como em Jacarepaguá (zona oeste) e na região da praça da Bandeira (zona norte). Para minimizar o impacto dos temporais de verão, Paes anunciou um plano de contingência, que envolverá órgãos municipais, estaduais e concessionárias de serviços unidos em um trabalho conjunto que funcionará na sede da CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego).


O prefeito afirmou que serão definidas as medidas para minimizar os efeitos, avaliar os pontos vulneráveis, deslocar profissionais de órgãos públicos e orientar a população. O plano ainda prevê simulações a partir da semana que vem de ocorrências provocadas pelas chuvas.

"A Guarda Municipal não vai combater um caso de arrastão em áreas de enchentes, até porque isso é um trabalho da Polícia Militar. Por isso, o trabalho deve ser conjunto. Existem problemas e áreas que precisam ser incrementadas. Vamos trabalhar para isso", disse Paes, durante evento na Usina de Asfalto, no centro do Rio.

O prefeito destacou que o projeto de limpeza de galerias foi realizado, e a cidade está pronta para o verão. Paes ainda afirmou que o município passou no teste com as últimas chuvas no Rio.

Encostas

De acordo com o prefeito, não há como impedir alagamentos causados por chuvas fortes, maré alta e com a topografia da cidade. Apesar dos pontos de risco estarem mapeados pela Geo-Rio (Fundação Instituto de Geotécnica do Rio), o subsecretário de Defesa Civil do município, coronel Sérgio Simões, afirmou que pontos como a estrada Grajaú Jacarepaguá, que liga as zonas norte e oeste da cidade, e a avenida Niemeyer, em São Conrado (zona sul), necessitam de mais atenção para evitar deslizamentos.

"Nas encostas, é difícil você definir um ponto crítico. Na Rio-Teresópolis, por exemplo, onde houve um deslizamento de terra no domingo, tem uma encosta que não é considerada de risco por causa da vegetação, porém com a forte chuva que atingiu a região teve um acidente", disse Simões.

O coronel da Defesa Civil Municipal afirmou que a cidade suporta um nível de chuva de cerca de 40 mm, no espaço de tempo de uma hora. "Se coincidir com a maré alta podemos considerar forte e se passar de 50 mm é chuva muito forte. Se chover 50 mm [cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado] em até uma hora, nós vamos ter problemas em toda a cidade", disse Simões.
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