A Polícia Civil identificou quatro integrantes de uma quadrilha especializada em roubar estacionamentos na zona oeste de São Paulo.

Os quatros suspeitos --identificados e reconhecidos pelas vítimas-- já estavam presos a um mês, após roubarem um restaurante também na zona oeste.

De acordo com o delegado Jorge Carlos Carrasco, da 3ª Seccional, o grupo roubou seis estacionamentos em menos de dois meses. Pelo menos um dos estabelecimentos chegou a ser roubado duas vezes.

"Eles agiam sempre da mesma maneira. Armados, chegavam em um carro, se passavam por clientes e rendiam os vigias" afirmou Carrasco.

Em cada ação, os criminosos conseguiam roubar três veículos. Usando um carro geralmente roubado, um deles voltava com o veículo e os outros três saíam dirigindo outros carros. O grupo ainda fazia um arrastão levando objetos de valor dos veículos estacionados, como notebooks, máquinas fotográficas e aparelhos de som.

Eles também roubavam o dinheiro dos caixas dos estacionamentos, mas a polícia não soube informar quanto foi roubado nesse período. Em dois meses, a quadrilha roubou pelo menos oito carros --seis deles foram recuperados, segundo a polícia.

O delegado acredita que os veículos eram usados em outros crimes, como no roubo ao restaurante que resultou na prisão da quadrilha. "Ou eles mandavam o carro para desmanche, ou faziam dublê, ou usavam o veículo para outros roubos", disse.

Geralmente, o grupo roubava estacionamentos dos bairros de Perdizes e da Lapa, mas um dos roubos ocorreu na Vila Mariana, na zona sul.

Prisão

Segundo a polícia, os quatro criminosos foram presos em flagrante no dia 24 de outubro, durante uma tentativa de fuga após um roubo a um restaurante da rua Lisboa.

Eles já haviam sido identificados pela polícia como os autores dos roubos da zona oeste, mas foram reconhecidos pelas vítimas um mês depois.

Os quatro presos foram indiciados por roubo e formação de quadrilha e permanecerão presos no CDP Belém.

De acordo com a polícia, eles já possuem advogados, mas a Folha Online não conseguiu localizar os defensores. Três deles já tinham passagem pela polícia por roubo e formação de quadrilha.