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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Corpos de quatro crianças mortas em desabamento é enterrado em SP

Os corpos das quatro crianças que morreram soterrados na noite de quinta-feira (4), em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo, foram enterrados nesta sexta (5). Em Mauá, na mesma região, o enterro foi do jovem de 14 anos, mais uma vítima do temporal que atingiu a região metropolitana.


A tristeza tomou conta de todos na tarde cinza. No velório das quatro crianças soterradas, dezenas de amigos tentavam confortar a família. Um dos mortos é um menino de apenas 4 anos. “Era uma criança que chegava na escola e cantava o galo para gente. Chegava e falava assim: ‘tia Dulce, o galo morreu quando ele tava triste’. Depois, vinha na minha sala e falava: ‘tia, o galo está vivo, batia a asinhas. Era uma criança muito esperta”, contou, emocionada, Dulcinéia Teixeira, diretora da escola onde ele estudava.

Quando o temporal começou, estavam dentro da casa que ficava em um morro, a adolescente de 14 anos e a irmã dela, de 13. Elas são irmãs do menino morto. Todos os dias, elas tomavam conta do caçula, que não tinha ido à escola por causa da chuva.

Elas olhavam também duas filhas de uma vizinha. As meninas tinham 5 e 9 anos.
Os cinco ficavam sempre sozinhos enquanto os pais trabalhavam. Apenas uma das adolescentes sobreviveu.

Por causa do risco de outros deslizamentos, mais de 40 famílias tiveram que deixar as casas e ir para abrigos. A área é considerada de altíssimo risco pela Defesa Civil. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que estão sendo feitas várias ações para prevenir alagamentos na cidade.

Mauá

Durante o velório em Mauá, a mãe do jovem de 14 anos teve que ser amparada.
Uma pequena multidão de amigos, parentes e vizinhos foi ao cemitério se despedir. O garoto tinha ido encontrar os amigos na casa de um vizinho e, por volta de meia-noite, a terra deslizou, o deixando soterrado. Ele faria 15 anos no fim do mês.

No local da tragédia, é difícil saber onde ficava a casa. Só restou uma montanha de terra que deslizou e arrastou tudo no Jardim Élida. O balconista Alexandre Torres dos Santos, amigo da vítima, estava inconsolável. “Ele era amigo nosso. Foi uma fatalidade o que aconteceu. Do nada, em poucos minutos, você está falando com a pessoa e de repente acontece um negócio desse. Não tem nem como falar, expressar alguma coisa”.


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