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Quinta-feira, 27 de junho de 2024

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'A bala é de fuzil', diz vestibulanda ferida após prova do Enem

“O delegado disse que a bala é de fuzil, e veio de muito longe”, assim a estudante Yana Porto Sereno Cabral descreve o tiro que levou no domingo (6), logo após ter feito a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na Univercidade, em Todos os Santos, no subúrbio do Rio. A jovem de 18 anos é candidata a uma vaga numa faculdade de medicina.


Yana foi operada na manhã desta segunda-feira (7) para retirada de uma bala no ombro esquerdo. A cirurgia durou 30 minutos com anestesia local e ela levou três pontos. A estudante só teve certeza de que fora vítima de uma bala perdida após fazer uma radiografia na noite de domingo. E acredita:

“O delegado (da 37ª DP, na Ilha do Governador, no subúrbio) me disse que se o tiro fosse de perto tinha arrancado meu braço”, diz ela, com medo.

Ela conta foi como foi baleada

Segundo relato de Yana, ela foi ferida por volta das 18h15 dentro do campus da Univercidade. Ela tinha acabado de fazer as provas do segundo dia do Enem, ligara para casa e pedira ao pai para buscá-la. A família mora no Cachambi, também no subúrbio, que é perto de Todos os Santos.

A estudante conta que sentiu um impacto no ombro e uma ardência, no momento em que ouviu também o ruído dos fogos, os gritos dos torcedores e as buzinas dos carros nas ruas do subúrbio comemorando o segundo gol do Flamengo, no Maracanã, na partida decisiva contra o Grêmio:

“Eu não gostei do gol porque sou vascaína”, diz, recordando os detalhes após ser baleada. Após sentir o impacto e a ardência no ombro, Yana viu que estava sangrando. O pai dela chegou e ela procurou estancar o sangue com lenço de papel.

Ao chegar em casa, o namorado insistiu para que Yana procurasse um hospital. Ela conversou por telefone com o irmão, que é médico, e decidiu buscar atendimento.

Para fugir das comemorações dos flamenguistas pelo título, ela evitou o Hospital Santa Teresinha, na Tijuca, na Zona Norte, onde foi operada na manhã de segunda, e se dirigiu ao Hospital Maria Madalena, na Ilha do Governador, no subúrbio.

A radiografia constatou que Yana estava com uma bala alojada no ombro. Como não havia cirurgião de plantão, a cirurgia foi agendada para a manhã do dia seguinte.

Depois do exame, ainda na noite de domingo, Yana e o namorado foram à 37ª DP fazer o registro do caso. O delegado comentou que ela teve sorte, porque se o tiro fosse de perto teria feito estrago bem maior em seu ombro.

Yana e família estudam ainda a hipótese de processar o Estado do Rio de Janeiro pelo ferimento a bala que sofreu.

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