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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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OIT: trabalho infantil no País caiu 42% em 15 anos

A participação de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos de idade no mercado de trabalho caiu 42% em 15 anos. É o que aponta a pesquisa "Perfil do Trabalho Decente no Brasil", divulgada hoje pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Entre 1992 e 2007, houve uma redução de 3,57 milhões de crianças e adolescentes nos números do trabalho infantil, que baixaram de 8,42 milhões para 4,85 milhões. O relatório da entidade destaca que o Brasil é um dos países que mais têm se esforçado nesse combate. Com isso, houve uma redução de 20,5% para 8,5% na proporção de crianças entre 10 e 14 anos de idade participando do mercado de trabalho.


O relatório, no entanto, alerta quanto à desaceleração na trajetória de queda do trabalho infantil. Em 1992, houve retração de 12% no total de crianças entre 5 e 14 anos inseridas no mercado de trabalho. Em 2007, esse ritmo baixou para 4,9%. Os dados mostram ainda que as principais vítimas do trabalho infantil no Brasil são os meninos, que correspondem a 66% do total na faixa entre 5 e 17 anos.

Entre os principais acidentes envolvendo esses trabalhadores, os cortes e feridas correspondem a 50% do total. Em seguida, aparecem fraturas e torções, com 14%. A entidade alerta que as consequências do trabalho infantil não se resumem a acidentes, mas também contemplam doenças osteomusculares.

O relatório aponta ainda que crianças que começaram a trabalhar antes dos 14 anos recebem, em média, salário menores que R$ 1 mil ao longo da vida. A média salarial é ainda menor (R$ 500) entre os que começam a trabalhar antes dos 9 anos. O levantamento mostra que as pessoas com maiores salários começam a trabalhar, em média, depois dos 20 anos. Essa diferença é atribuída à escolaridade das pessoas, uma vez que os jovens que chegam ao nível superior costumam entrar no mercado de trabalho mais tarde.
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