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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Brasileiros no Suriname se lançam às armas

Boatos de novos ataques de "morenos" tem levado medo à comunidade de 2.500 brasileiros que fazem de Benzdorp uma cidade verde-amarela a 500 km da capital do Suriname, Paramaribo, informa reportagem de Fábio Zanini e Ayrton Vignola publicada na edição deste domingo da Folha de S.Paulo.


Na dúvida, garimpeiros e ribeirinhos brasileiros passaram o fim de 2009 se armando para um ataque. "Se eles vierem, é na boca da 12", diz Ricardo Ferreira, dono de uma espingarda calibre 12 de repetição, com capacidade para seis cartuchos. "Em Albina, pouca gente tinha arma. Aqui é diferente", afirma.

As armas são apropriadas para o ambiente no meio da floresta amazônica, cujo acesso é apenas por canoa ou avião. São para caçar macaco, anta, capivara e cotia. Mas podem ter outra função em tempos de conflito. "A arma serve para tudo", diz, em termos ameaçadores, Reginaldo, 30, conhecido como "Mau Elemento". "Aqui, quem tem arma não fala, e quem não tem fala que tem", diz seu irmão Raimundo Froes Filho, 38.

Em Benzdorp, brasileiros e "morenos" vivem juntos há décadas, com episódios de violência esporádicos --um assalto, uma briga de bar. A sensação é a de que o tempo não superou a desconfiança mútua.
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