A Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro informou, através de boletim divulgado às 8h desta terça-feira (5), que pelo menos 24.436 moradores sofreram algum prejuízo material por causa da forte chuva que atingiu a região na virada do ano. Desde o dia 30 de dezembro, 72 mortes já foram confirmadas. São 1.868 desalojados e 900 desabrigados. Pelo menos 66 pessoas ficaram feridas.
Somente em Angra dos Reis, no sul fluminense, são 50 mortes. Um deslizamento sobre sete casas e parte de uma pousada matou 29 pessoas na enseada do Bananal, na Ilha Grande. Já no morro da Carioca, no Centro da cidade, 21 corpos foram resgatados dos escombros após queda de encosta.
As buscas por mais vítimas continuam por tempo indeterminado, segundo o governador Sérgio Cabral. Familiares alegam que ainda há duas turistas e um morador desaparecidos na Ilha Grande. No morro da Carioca, todas as pessoas indicadas como desaparecidas já foram localizadas, mas bombeiros continuam a procurar por mais possíveis vítimas.
Técnicos identificaram 40 áreas de risco em Angra dos Reis, cerca de 220 casas foram interditadas e 500 devem ser demolidas, segundo a Prefeitura.
Já o Grande Rio teve pelo menos 22 mortos. Destes, 11 na capital, quatro em Magé, dois em Belford Roxo, dois em São João de Meriti, dois em Niterói e um em Duque de Caxias.
Para tentar ajudar às vítimas, o governo Federal autorizou o saque do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). O presidente Lula se comprometeu ainda a editar uma medida provisória para a liberação de dinheiro em caráter emergencial para resolver de forma definitiva as causas de enchentes e alagamentos. A verba deverá ser aplicada em dragagem de rios, construção de casas para reassentamento, retirada de população de áreas de risco, drenagem e reflorestamento.
A previsão do tempo para esta terça-feira é de sol e chuva fraca a partir do meio da tarde em todo Estado do Rio. Com a chegada de uma frente fria nesta quarta-feira (6), podem haver novos temporais, inclusive na região de Angra, até o fim da semana.
