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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Rio monta plano de emergência para evitar tragédias provocadas pelas chuvas de verão

O Núcleo de Análise e Diagnóstico de Escorregamentos do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ) voltará a fazer em março um trabalho preventivo sobre situações de risco de deslizamentos de terra nos municípios fluminenses. No momento, o órgão, vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro (Sedeis), está operando o plano de emergência, que se estenderá até o fim do verão.


Geólogos do núcleo efetuam vistorias para detectar as áreas de risco no interior do estado, visando a prevenir desastres naturais. “É um atendimento de curto prazo, preocupado com as últimas ocorrências, no sentido de orientar as prefeituras quais são as casas que precisam ser interditadas, elaborar os relatórios técnicos para dar consistência a esse trabalho de interdição e, eventualmente, até demolição, e quais são as medidas de curto prazo que podem ser tomadas”, disse hoje (3) à Agência Brasil o coordenador do órgão, geólogo Cláudio Amaral.

Entre as medidas estão a retirada de aterro e de lixo e a demarcação de áreas para evitar o retorno de populações a locais de risco. A partir de março, a equipe do DRM-RJ voltará a percorrer as áreas afetadas.

Desde novembro do ano passado, o núcleo do DRM-RJ alertou o governo fluminense que a situação era “extremamente preocupante” em todo o estado, sobretudo na região serrana, na Baixada Fluminense por causa da ocupação desordenada, e no Vale do Paraíba. O atendimento às prefeituras começou a ser feito a partir de junho de 2009.

“No relatório feito em novembro, ficou muito claro que nós temos um passivo bastante significativo no estado. Um passivo significa uma situação de alto risco em que a gente não pode eliminar nenhuma área do estado”, disse.

O diagnóstico de risco de deslizamentos de terra foi confirmado na virada do ano com as chuvas registradas em Angra dos Reis, no litoral sul do estado, onde morreram mais de 50 pessoas. Cláudio Amaral esclareceu que embora faça parte da faixa litorânea, sob o ponto de vista do relevo a cidade de Angra é enquadrada na região serrana.

O geólogo afirmou que os municípios do Vale do Paraíba são menos preocupantes do que os de Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, Angra e Mangaratiba,” mas são também áreas problemáticas”. A orientação técnica dada pelo órgão é que as prefeituras têm que se capacitar minimamente para enfrentar os desafios que apresentam, por meio da constituição de um grupo de técnicos que possam atuar em momentos de emergência.

As administrações municipais devem elaborar também um mapa com a distribuição das últimas ocorrências. Amaral recomendou ainda que as prefeituras façam um sobrevoo de helicóptero para tirar fotografias que possam embasar os laudos técnicos que vão indicar as casas que precisam ser interditadas ou demolidas.
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