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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Para rádio, empresa não confirma escolha de caça francês

Procurada pela Rádio França Internacional, a empresa francesa Dassault, que fabrica o caça Rafale, não comentou a notícia de que teria sido escolhida como vencedora da concorrência do governo brasileiro para a compra de 36 aviões. Segundo o jornal "Folha de S. Paulo" publicou nesta quinta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Nelson Jobim (Defesa) já teriam escolhido a proposta francesa.


De acordo com a rádio, o diretor de comunicação da Dassault, Yves Robins, disse que a imprensa não fará anúncio oficial antes do governo. A empresa também não quis comentar a suposta redução de preço do pacote francês. Segundo a "Folha", houve uma queda de quase R$ 4 bilhões no valor do pacote.

Também participam da concorrência a sueca Saab, fabricante do Gripen NG, e a americana Boeing, que produz o F-18 Super Hornet.

Em setembro de 2009, Lula e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, emitiram comunicado conjunto em que anunciavam a intenção da parte do governo brasileiro de entrar em negociação para aquisição de 36 caças GIE Rafale. Os dois também assinaram acordos para o desenvolvimento compartilhado de submarinos e helicópteros.

À época, para convencer o Brasil, a França aceitou em sua oferta uma transferência tecnológica considerada sem precedentes por Paris. Apesar do comunicado, nenhuma outra proposta havia sido oficialmente excluída da concorrência.

Em janeiro de 2010, Lula disse que a escolha dos caças não é uma questão comercial comum e que leva em conta outros fatores que o custo das aeronaves. Ele disse, ainda, que mantinha-se calado sobre essa questão porque era ele quem decidiria no final.

“O único que ficou em silêncio até agora fui eu. E fiquei em silêncio porque sou eu que tenho o poder de decidir. E quem tem o poder de decidir tem mais responsabilidade, não fala o que quer, fala o que pode”, disse o presidente.

Na ocasião, Lula afirmou ainda que conversou com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pediu que ele apresentasse um relatório sobre os três aviões que disputam a concorrência para atender a Força Aérea Brasileira (FAB).

“Quando esse relatório for apresentado pelo ministro Jobim a mim, tomarei a iniciativa de convocar o Conselho de Defesa, poderei tomar a iniciativa de fazer um debate no Congresso Nacional porque essa questão do caça não é uma questão comercial comum. Não é um acordo eminentemente econômico, que eu vou comprar um porque é mais barato ou vou comprar outro porque é isso”, argumentou. Ele acrescentou, porém, que não deixaria a decisão para o próximo presidente.
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