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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

Notícias | Brasil

Casa de swing na zona sul de São Paulo é alvo de pedradas

Moradores da região da Berrini, um dos mais importantes centros empresariais de São Paulo, no Brooklin Novo, andam em pé de guerra com um novato estranho à realidade do bairro, como dizem ver.


Desde a inauguração há alguns meses, a casa de swing Shadows Club, que promove troca de casais, tem tirado o sono da vizinhança. As reclamações são de barulho na madrugada, algazarra na rua, circulação de mulheres seminuas nas calçadas e concentração inédita de prostitutas nas redondezas, atraídas pelo negócio.

A confusão foi parar na polícia, virou um inquérito civil no Ministério Público e rendeu um processo administrativo por falta de alvará na Subprefeitura de Pinheiros.

Registrada como "bar noturno, choperia e lanchonete" na Junta Comercial, a casa recebeu duas multas por não ter licenciamento, uma delas de R$ 5.031, na semana passada, e também foi autuada pelo Psiu.

As versões dos moradores e do dono do lugar são tão divergentes quanto contraditórias. De um lado, os vizinhos dizem não ter sossego à noite pelo barulho constante. Do outro, a Shadows diz ter investido em isolamento acústico e reclama de chantagem para que os sócios comprem as casas do lado.

"Só consigo dormir com Lexotan e tampão de ouvido", diz a advogada Kátia Dearo, 48, vizinha de frente à boate. A casa de swing abre de quarta à sábado das 22h às 5h da manhã.

"Não temos nenhuma pretensão moralista nem nada a ver com o que fazem lá dentro. O problema é a bagunça na minha janela", diz o economista Cláudio das Chagas Rosa, 48.

"A partir das 20h o quarteirão inteiro vive em função da prostituição. O bar da esquina virou um ponto de encontro de garotas de programa, que ficam esperando na esquina", reclama o engenheiro Walter Furlan, 54, vizinho de muro.

Sem calcinha

A discussão pegou fogo quando a boate promoveu uma festa recente: a noite das sem-calcinha. Para entrar, reclamam os moradores, a mulherada tinha de mostrar aos seguranças -e a quem quisesse ver- que não vestiam forro debaixo da saia.

Depois disso, a casa de swing foi apedrejada (versão confirmada pelos dois lados). Uma cliente foi atingida na cabeça.

"O problema é a poluição sonora. A questão da atividade é com a subprefeitura. Exercer as prostituição não é crime, a prática do swing não é crime, mas a exploração da prostituição, sim. Como dizem que é isso o que ocorre, mandei uma cópia do inquérito para a promotoria criminal. Diz que há pessoas que saem quase nuas na rua, mas isso é caso de polícia", diz a promotora Cláudia Fedeli.

Uma das saídas encontradas pelos moradores foi instalar, a R$ 2.000, janelas antirruído. "Os vidros da minha casa também são à prova de balas e ainda assim escuto barulho", diz a vendedora Luciana Prota, 51.
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