Hospitais do Estado de São Paulo abrigam cerca de 80 pessoas sem identificação. Muitos dos pacientes estão em estado grave e não têm condições de fornecer seus dados ou o paradeiro de suas famílias. Outros possuem problemas mentais e não portavam documentos no momento em que foram atendidos.
A Secretaria Estadual de Saúde mantém um banco de pacientes não identificados. Até a última sexta-feira (26), ele contava com 78 cadastros. O banco de dados foi criado a partir de resolução do secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, de dezembro de 2005, para facilitar a busca de parentes por familiares desaparecidos. A resolução estabelece normas para que os hospitais enviem dados para serem incluídos no banco, disponível no site da Secretaria Estadual de Saúde.
O banco de dados recebe informações de pacientes internados em hospitais públicos e privados. Os dados só podem ser enviados 48 horas após a internação do paciente. Para poder fazer parte, é necessário que o administrador envie uma foto do paciente com informações como endereço do hospital, telefone, e-mail, nome do responsável e características físicas tais como sexo, cor da pele, dos cabelos, olhos, altura e peso. Também é necessário detalhar em que local a pessoa foi socorrida.
A Secretaria de Saúde disponibiliza o e-mail naoidentificado@saude.sp.gov.br para receber os dados. Eles também podem ser enviados para o endereço da secretaria, na avenida doutor Enéas de Carvalho Aguiar, 188 - 7º andar, CEP 05403-000, São Paulo, SP.
Os familiares que identificarem algum parente devem entrar em contato com o hospital em que ele está e levar documentação que comprove a identificação da pessoa internada. Em caso de perda de documentos, é necessário providenciar a segunda via ou recorrer a meios judiciais para comprovar o parentesco.