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Sábado, 20 de julho de 2024

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Com violino nos braços, pai se emociona no velório de músico do AfroReggae

O pai de Diego do Violino, violonista do grupo AfroReggae, de 12 anos, que morreu com leucemia na quinta-feira (1º), chegou ao velório do filho na tarde desta sexta-feira (2) com o instrumento musical do menino nos braços. Telmo estava acompanhado da mãe de Diego, Elenita, e da irmã do menino, de 14 anos. A jovem e a mãe precisaram ser amparadas. Thiago, de 21 anos, irmão de Diego, também chorou muito pelo irmão.


“Meu filho saiu da favela para o mundo. Meu anjo não está mais aqui. Peço que rezem pela minha mulher, pela minha filha e pelo meu outro filho”, desabafou o pai, muito emocionado. A mãe de Diego está com câncer no cérebro.

A irmã do jovem artista precisou ser amparada por parentes após passar mal. “Quero meu irmão de volta”, gritava sem parar.

Aproximadamente 40 pessoas participam do velório na capela Santa Rita de Cássia, em Inhaúma, subúrbio do Rio. O enterro está previsto para acontecer às 14h.

Secretários acompanham velório

A secretária estadual de Educação, Tereza Porto, e o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, acompanham o velório de Diego. “Estou aqui para homenagear uma pessoa que, pelo olhar e pelas lágrimas, transmitiu muita coisa. Nós precisamos de milhares de pessoas como ele. É um parceiro que vai, mas é um parceiro que deixa um exemplo. Tenho certeza de que ele vai continuar sendo um símbolo da paz”, afirmou Beltrame.



O coordenador do grupo Afroreggae, José Júnior, informou que durante o velório haverá apresentação da orquestra que Diego participava. "Não faremos uma despedida, + uma celebração pelo retorno dele ao céu. Parte dos nossos grupos estarão tocando pelo nosso "maestro"", escreveu Júnior no Twitter.

Leucemia 

Um exame realizado na quarta-feira (31) havia apontado que Diego tinha leucemia.

O violinista ficou conhecido ao tocar, muito emocionado e chorando, um violino no enterro do também coordenador do AfroReggae Evandro João da Silva. Evandro foi morto em dezembro do ano passado no Centro do Rio, num caso que ganhou notoriedade por envolver dois PMs.

Diego foi internado por causa de uma infecção generalizada, contraída numa operação de apêndice. No dia 29, ele foi transferido para a UTI pediátrica do Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Num texto que teve o link divulgado no microblog Twitter, José Júnior postou uma mensagem lamentando a situação:

"Ver o pequeno-grande Diego entubado tendo uma parada cardiaca é de uma dor que não tem como descrever. Ver o Telmo [pai de Diego] gritando pra Deus perguntando o porque desses últimos acontecimentos na sua vida - além do Diego a sua esposa também passa por graves problemas.

"É algo que nos faz questionar e ao mesmo tempo meditar pensando nos designios divinos. Tudo tem um "porque" ou acreditamos ter um "porque". Nosso pequeno-grande Diego está com leucemia aguda. Se o obstáculo antes parecia grande esse agora virou um desafio gigantesco.

"Não que o pequeno-grande Diego não tenha passado por enfrentamentos de grande porte. Desde muito cedo tudo na sua vida tem sido complicado, agora aos 12 anos não poderia ser diferente. Diego tem como marca pessoal a busca pela superação. Pelo lado do "homem", Diego esta sendo muito bem atendido e está com toda a infra-médica à sua disposição.

"Pelo lado "divino" temos muito coisa pra pedir através de orações, mentalizações e pela fé em busca da reversão desse quadro. Como eu acredito em causas possíveis e impossíveis, eu acredito na recuperação do nosso pequeno-grande Diego.

"Junior, coordenador do AfroReggae"
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