O cabo da Polícia Militar Sidney da Hora Machado, 43, disse que teve sua mochila --com a farda, carteira, celular e documentos-- furtada na manhã desta sexta-feira durante o descarrilamento de um trem que deixou 61 feridos em Deodoro, zona oeste do Rio. O policial informou que estava no primeiro vagão afetado e, ao avistar fumaça, pulou da composição pela janela, com outros passageiros.

"Sai de casa às 5h para ir ao quartel. Quando ocorreu o acidente houve pânico generalizado. Muita gente caiu no chão e outros se jogaram pelas janelas como eu", disse o PM.

Machado afirmou que ao observar que o trem não estava em chamas, voltou para pegar sua mochila no vagão, mas ela já tinha sido furtada. Além do cabo, outras pessoas também registram ocorrência de furto na 33ª DP (Realengo).

Acidente

A composição que descarrilou seguia com 1.800 passageiros de Santa Cruz (zona oeste) em direção à Central do Brasil (centro).

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 58 vítimas foram atendidas nos hospitais Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na zona norte, Getúlio Vargas, na Penha, zona norte, e Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste.

Já a Secretaria Municipal de Saúde informou que três passageiros foram atendidos no hospital Salgado Filho, no Méier (zona norte). As secretarias afirmaram que todas as vítimas sofreram escoriações leves e não há informação de nenhum caso grave.

De acordo com testemunhas, o trem vinha em alta velocidade e não conseguiu fazer uma curva ao sair da altura da Vila Militar, em Deodoro, descarrilou e atingiu um poste.