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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Repórter relata como é fazer turismo em Brasília de ônibus

Escolhi, primeiro, o caminho oficial. Mas como ninguém atendia o telefone indicado no site da Secretaria de Turismo, pedi informações no hotel.


Na recepção, me recomendam uma "van que para pra tirar fotos" e custa R$ 60. Ligo então para o serviço "Brasília CityTour". Descubro que basta ir à Torre de TV, um ponto de fácil reconhecimento mesmo para quem não tem o 'gps' muito desenvolvido, pagar R$ 20 e ser pontual --os ônibus saem em três horários.

Bilhete na mão, vou para o andar de cima do ônibus, onde estão meus 15 companheiros de city tour, apenas dois estrangeiros. Começamos a ouvir uma gravação em três idiomas: português, inglês e espanhol.

Basta a primeira frase --'Brasília é a principal experiência urbanística do século 20-- para que se descubra que uma mesma pessoa fala todas as línguas, num brasileiríssimo sotaque.

Durante 1h30, o turista vê os pontos-chave do plano-piloto, sempre sob a narração monocórdia e canções que nos lembram que "Eduardo e Mônica trocaram telefone" e que moramos "num país tropical abençoado por Deus".

A Esplanada dos Ministérios faz com que os turistas quase despenquem das janelas para fazer uma boa foto. A mais simbólica delas talvez fosse a das caçambas, em frente ao Congresso, que trazem a inscrição "só entulho". Pura instalação de arte contemporânea.

A única parada se dá no Palácio da Alvorada. A senhora alemã tem de ser cutucada pelo marido para ser despertada do cochilo. Na volta para o hotel, pego um ônibus. Não há indicações. O jeito é pedir ajuda a quem está no ponto. Espremida no grande circular, atravesso a asa que a gravação não explicou e chego ao setor hoteleiro norte. Igualzinho ao setor hoteleiro sul.
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