Os servidores públicos de Rondonópolis vão parar por três dias a partir desta terça-feira (18). A categoria, que está no segundo indicativo de greve, desde o dia 23 de abril, reivindica aumento salarial de 16% para recompor perdas acumuladas desde 2007. No mês passado, o prefeito José Carlos do Pátio ofereceu aumento de 2% a partir de setembro, proposta que foi rejeitada pelo funcionalismo.

A paralisação até quinta-feira (20) vai atingir também as autarquias do município, como Sanear e Coder. Segundo Rubens Paulo, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Rondonópolis (Sispmur), apenas os serviços essenciais de saúde serão mantidos. Ele acredita que cerca de 90% dos trabalhadores efetivos irão parar. A categoria se reúne na manhã desta terça na Praça Brasil, no Centro da cidade, onde farão um manifesto, seguido de café da manhã.

Rubens explica que a paralisação poderá ser interrompida caso o prefeito sinalize com uma nova proposta, a partir da contra-proposta feita pelos servidores de dividir o aumento de 16% em duas vezes, sendo 8% em 2010 e 8% em 2011 mais a inflação. “Caso ele nos procure para negociar podemos voltar a trabalhar imediatamente”, disse.

O indicativo de greve vence no próximo dia 23 de maio e no dia 25 a categoria realiza uma nova assembléia para decidir pelo início da greve ou não. Na última assembléia realizada pelos servidores, 230 pessoas votaram pela continuidade do indicativo, mesmo após a proposta de aumentar 2% do salário a partir de setembro, com vencimento em outubro.

Os trabalhadores também participam da sessão ordinária da Câmara Municipal de Vereadores, nesta quarta feira a partir das 14 horas e de um manifesto em frente à Prefeitura Municipal na quinta-feira.