A Procuradoria Geral de Rondonópolis, através do procurador municipal Efraim Alves, emitiu um parecer à Secretaria de Administração no qual entende que os servidores públicos municipais, efetivos e contratados, que aderiram à greve que encerrou no último dia 28 de junho poderão ter os dias parados descontados de seus salários.

O parecer foi dado na semana passada explicou Efraim Alves, por telefone, ao Olhar Direto. O documento exige que os professores e demais servidores das escolas da rede municipal de ensino façam a reposição das aulas até o dia 23 de dezembro. “Não havendo a reposição até essa data haverá o corte (do ponto)”, afirmou.

O procurador salientou ainda que cada secretário municipal deverá fazer um levantamento de quantos funcionários de sua pasta estiveram paralisados com a greve. O levantamento ainda não tem um prazo para ficar pronto, mas assim que estiver será entregue ao departamento de Recursos Humanos da Prefeitura que deverá avaliar o corte dos dias parados.

A greve dos servidores públicos teve início no dia 31 de maio. Durante os dias de paralisação, a categoria realizou passeatas, manifestações em frente ao Paço Municipal e também apitaço dentro da prefeitura para reivindicar o aumento salarial de 16%, entre outras reivindicações. O funcionalismo ainda contou com o apoio dos vereadores do município que trancaram a pauta de votações da Câmara Municipal durante quatro semanas consecutivas. A greve foi suspensa após a intermediação do Ministério Público, que se dispôs a tentar um acordo entre administração e funcionários.

Outro lado

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Rondonópolis (Sispmur), Rubens Paulo, disse não acreditar que haverá corte no ponto do funcionários. De acordo com ele, o procurador do município deve repensar o corte devido ao entendimento entre MP, prefeitura e servidores de que não haveria tal medida.