Uma assembléia dos servidores públicos de Rondonópolis, realizada na manhã desta terça-feira (15), decidiu por permanecer com a paralisação que já dura 16 dias, mesmo diante da decisão da Justiça de que 60% dos funcionários das creches e 70% dos trabalhadores da Farmácia de Manipulação retornem ao trabalho.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Rondonópolis (Sispmur), Rubens de Oliveira Paulo, a entidade vai entrar com um embargo de declaração solicitando uma justificativa da decisão impetrada pela juíza Maria Mazarelo na semana passada.

Com base em argumentos jurídicos, a categoria entende, segundo ele, que os serviços prestados nas creches não são considerados essenciais, mesmo porque os locais entram em férias coletivas todo mês de julho.

Além disso, conforme Rubens, nos termos da lei a distribuição e comercialização de remédios é considerada essencial, mas não cita que a produção de medicamentos é da mesma forma essencial. “Por isso queremos saber o porquê da decisão”, afirmou.

O funcionalismo volta a se reunir nesta quarta-feira (16), às 13h, no Sindicato. De lá seguem para a sessão da Câmara Municipal de Vereadores, no Sest/Senat. Os servidores públicos contam com o apoio dos parlamentares no trancamento da pauta até que o prefeito José Carlos do Pátio (PMDB) concorde em negociar.

Após acompanharem a sessão do Legislativo, os servidores seguirão para a Prefeitura Municipal e estenderão o convite aos parlamentares. O objetivo é tentar se reunir com o prefeito e discutir mais uma vez a proposta de aumento salarial de 16%, parcelada em duas vezes, sendo 8% neste ano e 8% em 2011. Pátio ofereceu 2% de aumento para julho deste ano.