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Terça-feira, 18 de junho de 2024

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DECISÃO

Restos mortais do juiz Leopoldino do Amaral são devolvidos a cemitério

Foto: Reprodução

Jorge Caramuru, diretor do IML, nega ter agido na calada da noite

Jorge Caramuru, diretor do IML, nega ter agido na calada da noite

Os restos mortais do juiz Leopoldino Marques do Amaral já foram devolvidos ao cemitério de Poconé pela equipe do Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta-feira (3), em cumprimento da decisão judicial que anulou a exumação realizada na madrugada de quarta-feira (2).


O diretor do IML, médico Jorge Caramuru, negou ter agido na “calada da noite”, conforme acusou o promotor de justiça Arnaldo Justino da Silva, que atua no Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Em entrevista ao Olhar Direto, Caramuru disse ter sido notificado sobre a determinação da Justiça Federal na noite de ontem, por volta das 20h30, e contou que algumas amostras já haviam sido colhidas, mas devem ser desconsideradas conforme consta de decisão judicial.

O médico fez questão de explicar que o IML apenas cumpriu o requerimento feito pelo delegado Márcio Pieroni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que estava acompanhado da decisão do juiz da 15ª Vara Criminal, José Arimatéia.

“O IML não faz nada sem ser requisitado por uma autoridade e recebemos um requerimento do delegado, junto com o parecer do juiz autorizando a exumação. Se depois o magistrado declinou da competência, nós não fomos avisados” justificou.

Sobre o horário da exumação, Caramuru explicou que trata-se de uma questão técnica devido aos odores. “Em todo lugar do Brasil a exumação é feita ao raiar do dia por questões técnicas, já que a alta temperatura aumenta os odores e as condições de trabalho ficam prejudicadas. Não foi feito na calada da noite”, afirmou.

O médico lembrou ainda da exumação do corpo da estudante Eiko Uemura, realizada às 5h30 no cemitério da Piedade em Cuiabá. “Este é um padrão no Brasil todo”.

Sobre a alteração da data, Caramuru explicou que resolveu adiantar a exumação porque o procedimento estava marcado para a quarta-feira de cinza, dia 9, porém como Poconé é uma cidade tradicional do carnaval, seria complicado para os técnicos do IML realizarem a exumação na cidade lotada.

Outro ponto elencado pelo diretor para alterar a data, é que no período da manhã de quarta-feira ainda seria feriado e, portanto, não iria colocar os funcionários para trabalhar fora do expediente.

A reportagem do Olhar Direto tentou entrar em contato com o delegado Márcio Pieroni, mas ele estava em uma reunião e não pôde falar.
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