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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Criança de 10 anos sofre queimaduras de segundo grau após ter contato com besouro

Foto: Reprodução

Criança de 10 anos sofre queimaduras de segundo grau após ter contato com besouro
Uma criança de 10 anos, Danilo de Oliveira, sofreu queimaduras de segundo grau no pescoço após ter contato com um besouro, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. O caso aconteceu no último dia 30 de outubro e, para a mãe de Danilo, Daniela de Oliveira, serve de alerta para que outros pais fique atentos a possíveis casos tanto nos filhos como em animais de estimação.


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Daniela explica ao Olhar Direto que estava saindo de um condomínio no bairro no início da noite quando o filho começou a gritar e falar que “estava queimando”, como se algo estivesse rastejando pelo corpo. A mãe andou alguns metros até conseguir parar o veículo e viu a queimadura no pescoço da criança, mas não conseguia identificar como a criança havia se machucado de tal forma.

A mãe só foi descobrir que o ferimento era resultado de um besouro quando chegou em casa e encontrou o inseto. O animal teria entrado no carro momentos antes dos dois irem embora do condomínio, onde mora uma amiga de Daniela. Quando os dois estavam se despedindo da mulher, a porta do veículo estava aberta, o que pode ter facilitado a entrada do inseto. 

Apesar do susto, Danilo está bem e foi tratado em casa, graças a mãe e pai, que são enfermeira e médica, respectivamente.

Outros casos

Há cerca de dois meses, o empresário Everton Aparecido de Andrade, de 35 anos, também foi atingido por um besouro, mas dentro de sua própria casa. O inseto pousou em seu braço, porém Everton não se assustou e simplesmente o removeu. Minutos depois o braço começou a queimar e ficou ardendo por volta de dois dias. Ele carrega a marca do acontecimento até hoje.

A jornalista Natália Quatrina, de 27 anos, também foi uma das vítimas. O seu caso é mais antigo. Aconteceu há quatro anos, quando ainda morava em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá. Ela lembra de vestir uma roupa íntima e sentir o animal.

“Eu tinha uma mania de chegar em casa, cansada, e jogar as roupas em uma cadeira. Um certo dia, a rouba caiu no chão. Acordei super cedo, peguei e coloquei o sutiã. Nisso, senti e dei um grito. Queimo no peito e ficou parecendo uma marca de cigarro. Demorou muito tempo para aquilo sarar. Só não tenho certeza se é o mesmo [besouro]”.

Predadores

O besouro da espécie Neoaulacoryssus speciosus se proliferou em Cuiabá por conta das chuvas. De acordo com Adriana Gaíva Mattos Dalloglio, bióloga do setor de endemias e animais sinantrópicos da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), é normal essa incidência maior nesta época do ano. Os bichos são atraídos pela luz durante a noite e, de dia, se abrigam em locais escuros e úmidos. Como se alimentam de outros insetos menores, que também são atraídos pela luz, são considerados predadores e devem ser preservados.

O besouro não é venenoso e nem transmite doenças aos seres humanos. No entanto, se apertado contra uma superfície, libera um líquido quente e de forte odor, podendo provocar queimação em peles mais sensíveis ou manchar a pele e/ou tecidos. A orientação é para que as pessoas evitem manter lâmpadas acesas na parte externa e interna das residências e evitem o contato com o besouro, devido ao risco de queimadura, que, dependendo da gravidade, pode necessitar de uma avaliação médica.
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