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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Policiais penais envolvidos em casos de assédio e tortura são afastado após determinação da Justiça

Foto: Reprodução

Policiais penais envolvidos em casos de assédio e tortura são afastado após determinação da Justiça
Após determinação judicial, seis policiais penais, membros do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), foram afastados de suas funções, acusados de envolvimento em situações de assédio e tortura. O caso teria acontecido contra uma policial penal, durante a realização do Curso de Intervenção em Recinto Carcerário (CIRRC). Por conta da denúncia, a formação foi interrompida por determinação da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). 


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Segundo informações da Polícia Judiciária Civil, o juiz responsável pelo caso determinou que os seis policiais penais estão proibidos de manter contato de qualquer natureza, pessoalmente ou por terceiros, e ainda por meio telefônico, telemático, cartas e outros com a vítima. A decisão atende à representação encaminhada pelo Plantão de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual, como parte da investigação instaurada para apurar o crime de tortura. 

O crime foi denunciado pela vítima no último sábado (4), por meio do Plantão 24h da Mulher. Na ocasião, a policial penal afirmou que sofreu diversos tipos de tortura durante o curso, como forma de retaliação após ter denunciado um caso de importunação sexual que sofreu em novembro de 2022, enquanto trabalhava na Penitenciária Central do Estado. 

A vítima chegou a afirmar ter sido submetida a uma série de violências, como: ter as mão pisadas durante um exercício de flexão e tentativa de asfixia utilizando uma balaclava invertida. No relato, a policial disse ainda que recebeu gás lacrimogêneo e espuma de pimenta diretamente em seu rosto em diferentes momentos.

No relato, a vítima declarou que durante a realização do curso foi incentivada diversas vezes a desistir. Entre um exercício e outro, os membros do GIR chegaram a dizer que aquele não era o lugar da policial e que ela deveria "voltar para casa e ir lavar vasilhas".

Em uma das passagens de violência, a policial relata que um dos membros do curso utilizou o fato dela ter denunciado um caso de importunação sexual, em novembro de 2022, como justificativa pelas torturas. Segundo a vítima, o mediador afirmou que a mulher queria "prender um irmão de farda" e exigiu que ela contasse o que registrou no Boletim de Ocorrência na época em que denunciou o caso

Diante da denúncia, o procedimento foi encaminhado à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, onde foi instaurado inquérito policial para apuração dos fatos. Ainda no último sábado (4), a Sesp decidiu suspender a continuidade do curso, até que todo os fatos possam ser apurados. 

Importunação Sexual 

Em novembro de 2022, a policial penal registrou um Boletim de Ocorrência narrando um crime de importunação sexual que sofreu durante o plantão, dentro da PCE. Na ocasião, a vítima estava trocando de roupa em um alojamento quando percebeu um rosto pela janela do local. 

Ao identificar que estava sendo assediada, a vítima chegou a pedir ajuda de outros colegas, mas nenhum suspeito foi identificado. No registro do crime, a policial chegou a solicitar a verificação das imagens das câmeras de segurança do presídio, com o objetivo de localizar o autor da ação criminosa.
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