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Quinta-feira, 05 de setembro de 2024

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FOME CINZENTA

Animais do Pantanal sofrem com falta de alimentos por conta da seca extrema e incêndios florestais

Foto: Reprodução/Instagram @gradbrasil

Animais do Pantanal sofrem com falta de alimentos por conta da seca extrema e incêndios florestais
Em um cenário de seca extrema e incêndios florestais, animais do Pantanal mato-grossense enfrentam a ‘fome cinzenta’, uma condição causada pelo desequilíbrio na cadeia alimentar, que levou à falta de alimentos. A escassez de água agrava ainda mais a situação. Imagens de animais procurando por alimentos e se arriscado para conseguir um pouco de água são compartilhadas nas redes sociais por quem está no Pantanal acompanhando os incêndios.


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De acordo com o Grupo de Resposta a Animais em Desastres (Grad), em uma recente operação de busca ativa, foram encontradas mais de 50 serpentes mortas, junto com outros animais em um trecho de 800 metros.

“Esse é um retrato de uma tragédia silenciosa que afeta principalmente os ‘animais invisíveis’, aqueles que raramente são vistos, mas que desempenham papéis importantes no equilíbrio do ecossistema”, diz o Grad.

A equipe continua atuando no Pantanal, agora também focada na distribuição de alimentos, e alguns pontos de alimentação foram estabelecidos em regiões afetadas do bioma.
 

O fotógrafo Erisvaldo Almeida flagrou na terça-feira (03), um veado-mateiro se arriscado ao lado de um jacaré para beber água, às margens do Rio Pixaim, em Poconé (a 104 km de Cuiabá). A margem se tornou um poço de lama. Segundo Erisvaldo, várias partes do rio estão secas, e cenas como essa se tornaram comuns.

Mato Grosso é o estado do Brasil que mais registrou focos de incêndio neste ano, totalizando 30.189 focos até esta quinta-feira (05), conforme dados do Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No mês de agosto, foram contabilizados 14.617 focos de incêndio, número maior que o somado entre janeiro e julho, que foi de 11.270 focos.
 
Veja o vídeo:
 

 
Notificação do MPMT

No último dia 30 de agosto, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso notificou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), para que realize ações preventivas a fim de minimizar os danos já suportados pela fauna silvestre local e garantir a sua sobrevivência, pois a escassez de água se agravará e deve se estender até final de outubro.

Foi recomendado que a Sema realize mapeamento e seleção dos pontos de dessedentação (locais onde os animais matam a sede) de acordo com o estado de ausência hídrica em pontos que habitualmente possuem água nessa época. Hoje, entre as pontes 58 a 91 da Transpantaneira, que abrange aproximadamente 30 quilômetros, apenas quatro pontos registram presença de água.


 
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