Depois de inúmeras denúncias de fraudes nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá, o governador Blairo Maggi (PR) cobrou transparência nos processos licitatórios para as obras da Copa do Mundo de 2014 e disse não querer “salvo-conduto” dos tribunais, mas sim agilidade.
“Fiz reuniões com os tribunais (de Justiça e de Contas do Estado), para que no momento que tivermos pendências não vamos querer salvo-conduto, mas que sejam ágeis e que julguem a favor ou contrário, mas nos deixem trabalhar porque temos prazo de estar com tudo pronto até 2013”, afirmou Maggi durante solenidade de posse dos diretores da Agência de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa), realizada na quarta-feira (11).
Maggi lembrou que todas as instituições fiscalizadoras da sociedade já montaram comissões para acompanhar o andamento das obras para o evento e por isso é preciso ter serenidade e responsabilidade na condução do processo até 2014.
“A construção das estruturas da Copa do Mundo será acompanhada por todo o país e todos os mato-grossenses. Todas as entidades já demonstraram a vontade de fiscalizar as obras além do normal. Em reunião com os diretores (da Agecopa) disse a eles que a transparência é o melhor remédio e a melhor solução para que todos saibam o que está acontecendo e os preços que estão sendo pagos”, explicou.
O chefe do Executivo informou que 40 empresas já compraram a carta da licitação e ele ainda pretende convidar mais empresas. “Quero que todas as empresas do Brasil que tenham condições de executar o projeto de construção do novo Verdão participem da licitação e, ganhe quem ganhar, eu vou querer transparência”, declarou.
O Estado já tem garantido para a Copa do Mundo o montante de R$ 1 bilhão de recursos para as obras necessárias ao evento. Metade do valor será aplicada na construção do estádio.
No entanto, o diretor de Infraestrutura da Agecopa, Carlos Brito, informou que Mato Grosso está em busca de um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a obra da arena. Caso isso ocorra, o Estado terá mais recursos para serem aplicados em outras áreas, como na mobilidade urbana, principalmente nas vias de acesso ao estádio.
